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Capítulo 4 - A reunião
- Traidor, Rony? - Mione falava, enquanto estava sentada
em um degrau da escada, dois acima daquele em que ele e Harry estavam.
Resolveram esperar junto com Harry a chegada do Sr. Weasley. - Lembra-se do ano passado, do Moody? - Rony explicava,
certificando-se de que ninguém estava por perto para poder ouvir.
- Ele podia ser falso e tudo mais, mas mesmo assim, enganou todo mundo.
Se Dumbledore não tivesse percebido isso a tempo, Harry nem estaria
mais aqui com a gente agora! Ano passado, Harry teve que participar do Torneio Tribuxo.
Ele foi bastante ajudado por Olho-Tonto Moody, o professor de Defesa
Contra Artes das Trevas. Na verdade, ele era também um servo
fiel de Lord Voldemort, e havia feito todo aquele teatro apenas para
levá-lo diretamente ao seu mestre. Harry sentia calafrios só
de pensar nesses fatos; o duro era que ele não conseguia esquecer-se
disso. Mesmo depois de ter escapado do Lord das Trevas, ele quase foi
morto pelo falso Olho-Tonto Moody, que na verdade, era nem mais e nem
menos que o filho "supostamente morto" de Bartô Crouch.
Todo este ocorrido, foi contado aos poucos para Rony e Hermione, que
se espantavam e tapavam a boca com as mãos enquanto Harry contava. - Não acho que Harry vai se encontrar com algum
traidor no Ministério... - Mione retrucava. - Ele apenas vai
se encontrar com Dumbledore, que nós o conhecemos, assim com
o seu pai, Rony! E também tem o Ministro da Magia, o Cornélio
Fudge. Todos eles, nós o conhecemos. - Fudge! - exclamou Harry. - Ele não queria acreditar
ano passado na minha história. Ele não estava acreditando
na possibilidade de Voldemort ter retornado. - Está querendo dizer, Harry, que ele pode ser
um traidor? - Rony indagou. - Não. Ele apenas não queria acreditar na
volta de Voldemort. Não queria que todos os bruxos entrassem
em pânico outra vez. Se ele realmente estivesse do lado de Voldemort,
eu o teria visto no meio dos Comensais. Ou até mesmo o filho
de Crouch iria comentar algo, depois de ter tomado aquela poção
da verdade. Os três silenciaram-se por alguns instantes. Rony
quebra o silêncio: - E a pessoa que Dumbledore disse que iria levar que era
de confiança? - Sirius... - Harry respondeu. - Ele vai levar Sirius. Por um momento, Hermione estava afirmando o que Harry
acabava de dizer. Mas, alguns segundos depois, algo lhe veio à
cabeça. - Espere um momento! Harry e Rony olharam para ela. Ela estava bastante pensativa
e começava a olhar para o nada, como se estivesse chegando a
uma conclusão. - O que foi, Mione? - Rony já estava impaciente. - Não é Sirius que Dumbledore irá
levar! - Ah, não, Mione? Então quem é? - Não sei, Rony! Mas pensem: - ela olhou para os
dois, séria. - Dumbledore não pode levar Sirius! - E por que não? - Harry pergunta. - Fudge! - a garota cruza os braços e os encara
com olhar de vitória por ter chegado a essa conclusão.
- Se Sirius aparecer na frente de Fudge, ele o entrega para os dementadores! Os dois ficaram em silêncio. Suas mentes começaram
a trabalhar e, mesmo que insistam que seja Sirius a pessoa de confiança,
ela estava certa. Sirius ainda era um criminoso procurado, culpado por
um crime que ele não cometera. - E quem seria? - Rony perguntou. - Snape por acaso? Harry
disse que Dumbledore confiava muito nele. - Creio que não. - Hermione respondeu. - Se fosse
Snape, seu pai o conheceria. Ele disse que não fazia a mínima
idéia de quem seria. Mas acho que não é ele; afinal,
por que ele iria querer ver Harry antes das aulas? Já que ele
o odeia, entendem? - Pode ser que meu pai não soubesse quem iria.
Isso não quer dizer que ele não conheça essa pessoa,
não é mesmo, Mione? - Pode ser também, Rony... Um estampido é ressoado no ar e os três observam
o Sr. Weasley acabando de aparatar na frente deles. Ele acenou para
os garotos e cumprimentou a Sra. Weasley, que veio correndo até
a sala, interrompendo as suas atividades. - Bem, Harry! - ele dizia, enquanto, acenando com a varinha
em direção à lareira. Algumas chamas se romperam
naquele instante. - Vamos indo. Vá na frente que logo depois
irei desaparatar. - Boa sorte! - Rony e Hermione desejavam, enquanto o Sr.
Weasleys apanhava um pouco de pó e jogava no fogo. - Obrigado! - ele agradeceu. - Vou precisar. - e gritou:
- MINISTÉRIO DA MAGIA! O Sr. Weasley despediu-se de todos e desaparatou no mesmo
instante em que Harry rodopiava e sentia seu corpo sendo jogado em uma
sala ampla, bastante iluminada. Quando Harry se levantou reparou em inúmeros bruxos
que corriam pra lá e pra cá; a maioria carregava papéis
e pergaminhos, pilhas de folhas amareladas e antigas. O teto possuía
uma cúpula ornamentada, e ele podia olhar para os lados e ver
inúmeras portas e escadas. Tinha muitas mesas e muitos bruxos
trabalhavam nelas; ora escrevendo, ora organizando livros e papéis.
Mas todas elas estavam atrás de uma mesa longa e meio curvada,
logo à sua frente; devia ser a mesa de recepção.
Ali estava uma bruxa de óculos discretos, vestes longas e negras,
cabelos amarrados em um rabo de cavalo alto e, no momento, empilhava
milhares de folhas carimbadas. Ela desviou sua atenção
no trabalho para observá-lo. Harry apalpou suas vestes, tentando
disfarçar e retirar todo o pó que havia grudado em suas
roupas. Ajeitou o óculos, e olhou novamente para a bruxa. Ela
estava bastante séria, olhando diretamente para a sua cicatriz.
Numa fração de segundos, ela arregalou os olhos, para
depois voltar a ficar mais séria. Então, ela disse: - Boa noite, Sr. Potter! O Sr. Fudge já está
descendo. Harry não sabia o que responder, por isso ficou
quieto. Apenas acenou com a cabeça, e tentou observar mais aquele
lugar. O saguão de entrada era parecido com a de Hogwarts. Porém,
havia uma grande quantidade de bruxos mais velhos que corriam de um
lado para o outro sem parar. Nem mesmo o Banco de Gringotes possuía
todo aquele movimento. Ele não sabia dizer onde ficava esse prédio.
Também não sabia como era a entrada e se era protegida
dos trouxas ou não. Devia ser, como era Hogwarts. Se os trouxas
entrassem naquele lugar, iriam pensar que estavam numa festa à
fantasia ou coisa do gênero. Apenas ele mesmo estava com roupas
comuns de trouxas; todos usavam suas vestes habituais. A iluminação
dali, ele não sabia dizer ao certo de onde vinha. Não
havia velas flutuantes como na sua escola, mas também não
tinha nenhum objeto que pudesse explicar aonde era a fonte de luz. Era
apenas iluminado; bastante iluminado mesmo. Ele procurou entre os cantos
das paredes, no alto da cúpula, e em todas as mesas que haviam
por ali. Nada. - Harry! - Harry ouviu a voz do ministro Fudge, que descia
por uma das escadas. - Olá, Sr. Fudge... - ele cumprimentou o ministro,
estendendo suas mãos. - Bem, veja só! Como está indo, meu rapaz?
- ele parecia simpático, igual como era antes do quarto ano;
antes de ler aquelas reportagens malucas da Rita Skeeter. No final do
quarto ano, Fudge parecia reprimir uma certa desconfiança dele. - Acho que bem... - Harry balbuciou, sem encará-lo. - Espero que sim. Venha, vamos subir até a minha
sala. As escadas faziam curvas de diversos tipos e direções.
O corredor delas já não era tão iluminado quanto
o saguão de entrada. Conforme ele ia subindo, via que havia opções
para desviar do caminho; era como se uma escada cruzasse com outra no
meio da subida. Deparou com alguns bruxos que desciam apressados; ouvia
Fudge reclamando com um que alguns relatórios estavam atrasados,
enquanto que com outro ele reclamava de faltas nas reuniões.
Apenas um bruxo que passou ele cumprimentou e elogiou no meio caminho.
Mas ninguém reparou em Harry; ele pensou então como todos
os que trabalhavam por lá eram muito atarefados, e mal tinham
tempo para respirar. Pensou no Sr. Weasley e de Percy trabalhando ali,
e compreendera o porquê deles sempre chegarem tão cansados
em casa. Quando as escadarias acabaram, Harry se encontrou em um
corredor comprido e estreito; havia umas duas portas antes da última,
que ficava bem no fim. Alguns quadros olhavam para ele e Fudge, que
seguiram até o fim do corredor. Harry reparou em uma placa que
estava na porta: MINISTRO CORNÉLIO FUDGE. - Entre, Harry! - Fudge abriu a porta e pediu para que
o garoto entrasse, antes dele. A primeira impressão que Harry teve era que ele
estava em uma sala de aula. Não havia muitas cadeiras e mesas,
exceto por uma, que seria a do ministro. A sala era grande e arejada;
também estava iluminada por magia. Tinha retratos de alguns bruxos
importantes espalhados no alto da parede. A mesa do ministro era também
grande, e havia inúmeros papéis e pergaminhos espalhados
sobre ela. Algumas penas estavam largadas; havia aquelas que até
chegavam a manchar de tinta preta os pergaminhos amarelados abertos.
Possuía alguns espelhos; Harry teve a impressão de que
algumas paredes fossem espelhadas. Notou em uma prateleira enorme aonde
livros grossos e aparentemente pesados a enchia de tal maneira que cobria
todo o seu fundo. Um armário acima, com a porta de vidro, continha
alguns frascos de poções de diversas as cores; algumas
ainda borbulhavam. Não havia ninguém lá; nem Dumbledore
e nem o Sr. Weasley. Somente os dois. - Então, Harry... - A voz de Fudge produziu alguns
ecos na sala, devido à sua grandeza e ao imenso espaço
vazio. Sentou em sua cadeira, atrás da mesa bagunçada.
- Sente, por favor! - ele acenou para a outra cadeira. O garoto sentou-se, quieto, apenas observando o ministro.
Começando a se sentir impaciente, e olhava para todos os cantos
da sala, esperando que o diretor aparatasse a qualquer momento. - Dumbledore chegará logo! - Fudge disse, logo
quando percebeu a ansiedade de Harry . Ficaram alguns segundos sem dizer nada; Fudge tentava
arrumar a papelada em cima de sua mesa. Logo, ele ergueu a cabeça
e viu a porta de sua sala sendo aberta. - Ah, Arthur! - era o Sr. Weasley que entrava na sala. Harry virou-se rapidamente e viu o pai de Rony. Atrás
dele, entrava Dumbledore. - Prof. Dumbledore! - Olá, Harry! - ele acenou, sorrindo. Atrás do diretor, entrava na sala uma outra pessoa.
Um homem que, aparentemente, era jovem, mas no meio de seus cabelos
castanhos claros haviam alguns fios brancos. Trajava vestes surradas
e simples. Na hora, ele reconheceu quem era. - Prof. Lupin! - Oi, Harry! Tudo bem? - Sim, tudo!- Harry sorriu. Então, a tal pessoa
de confiança de Dumbledore era o Prof. Lupin. Ele fora seu professor
de Defesa Contra Artes das Trevas no terceiro ano. - E o senhor? - Acho que estou bem também. - Boa noite, Lupin! - Fudge o cumprimentou formalmente.
- Bem, já que estamos aqui, podemos iniciar a nossa reunião.
Quanto mais cedo resolvermos, melhor. Harry, poderia me dar licença
só um instante? Harry levantou da cadeira e ficou ao lado de Dumbledore
e de Lupin. Fudge então, pegou a sua varinha e apontou para a
sua mesa; as folhas que estavam postas em cima dela, subiram e se enrolaram;
depois empilharam e postaram-se em um canto da sala. A mesa então
se esticou, e algumas cadeiras surgiram em volta dela. Ele tinha feito
agora uma típica mesa de reunião, aonde todos ali presente
poderiam sentar-se e discutir olhando uns para os outros. O ministro pediu para que todos se acomodassem. Ele sentou
de um lado da mesa; na sua perpendicular direita estava Arthur Weasley
e Alvo Dumbledore. Do outro lado, Remo Lupin e Harry Potter. - Bem, - Fudge iniciava a reunião. - Creio que
Harry esteja bastante curioso para saber o que o trouxe até aqui. - Harry, eu quero que você diga para a gente a verdade.
Somente a verdade, entendeu? O garoto acenou com a cabeça, meio apreensivo.
Já estava prevendo o que estava por vir daqui a pouco. Todos
os olhares estavam direcionados a ele, e por isso, sentiu um pouco de
medo do que tivesse que falar. Dumbledore continuou o encarando, não
disse mais nada, mesmo depois da confirmação dele. O ministro
então, se manifestou: - Detectamos a presença de magia negra perto da
casa de Arthur. - e olhou para ele. - Foi de manhã, na hora em
que ficamos sabendo que você e a Srta. Granger estavam a caminho
de lá. - O que queríamos saber... - Dumbledore interrompeu.
- ...é se você deparou com essa Arte das Trevas. Harry olhou para o diretor. Depois, ele olhou para o lado,
procurando apoio de Lupin, que naquele momento, estava imóvel.
- Acho que... sim. Talvez tenhamos visto algo. - Harry estava receando que, se dissesse a verdade, ele teria que entregar o que Hermione fez com seus pais. Eles não possuíam permissão para usarem magia fora de Hogwarts. Isso já trouxe alguns problemas para ele no segundo
ano, quando Dobby fez um estrago tremendo em sua casa. - Eu sei que não está dizendo a verdade.
- Dumbledore falou, com os olhos mais fixos nele. - Alguns Comensais
da Morte tentaram atacar você e a família da Srta. Granger,
não foi? Era sempre assim. Era como se o diretor pudesse ler as
mentes dos outros. Harry abaixou a cabeça, como se estivesse
consentindo. - Foi isso mesmo, Harry? - Lupin perguntou, colocando
suas mãos sobre o ombro do garoto. Ele ergueu a cabeça
balançando-a, para confirmar. - Então, supomos que Você-Sabe-Quem realmente
está de volta... - comentava Fudge, olhando para Dumbledore.
Depois, percorreu com os olhos para os outros - Embora eu ainda precise
vê-lo para confirmar tal teoria, creio que uma execução
de Arte das Trevas esteja proibido para qualquer um. Portanto, sendo
ou não Vocês-Sabem-Quem, temos que pegar os infames que
desobedeceram a lei. - As coisas não funcionam assim, ministro. - Lupin
falou. - Se realmente foi arte de Lord Voldemort, devemos ser cautelosos.
Harry, conte exatamente como aconteceu. Harry contou tudo, até mesmo o detalhe de que reconhecera
Rabicho. Lupin olhou para Dumbledore nesse instante, e o Sr. Weasley
e Fudge ouvia a história atentamente. - Pelos deuses, Dumbledore! - Fudge exclamou, quando Harry
comentou sobre Rabicho. - O garoto ainda insiste que Pedro Pettigrew
esteja vivo! - Não interrompa, Fudge! - Dumbledore retrucou
calmamente. Harry continuou contando a história, e muitas vezes
via o ministro bufar e fazer uma cara de quem não estava acreditando
em nada do que ele estava dizendo. Isso o deixou irritado, mas controlou-se
para não gritar. - Vejo que não há mais razão para
você não acreditar na volta de Voldemort, Fudge. - Dumbledore
dizia com veemência. - Mesmo porque, muitos aqui do ministério
já sabem disso. E se não sabem, desconfiam. - Devo admitir que há um aumento de Arte das Trevas
durante os últimos tempos. - Fudge colocou suas mãos no
queixo, pensativo. - As pessoas aqui do Ministério tem trabalhado
em dobro investigando esses casos de magia negra que vem aumentando
no ar; mas ninguém aqui viu ainda um Comensal da Morte rondando
por aí. - Deixe-me corrigir o senhor, Ministro. - o Sr. Weasley
cruzou os braços, encarando Fudge. - Olho-Tonto Moody confirmou
que há sombras negras rondando perto na região aonde os
tios de Harry moram. - Moody estava vigiando a minha casa? - Harry ficou perplexo.
Nunca desconfiou de alguém que estivesse rondando na rua dos
Alfeneiros; muito menos Olho-Tonto Moody. - Harry - Lupin pousou a sua mão no ombro dele
novamente. - Tudo o que queremos é alerta-lo de qualquer movimento
suspeito e estranho. O fato do ataque dos Comensais da Morte no meio
da estrada foi algo imprevisto; foi bom Hermione Granger ter entrado
em contato conosco antes de ir buscá-lo na casa de seus tios. - Hermione falou com você, Prof. Lupin? - Mais precisamente comigo, Harry. - Dumbledore respondeu.
- Ela havia me informado que iria te buscar para ir até a casa
dos Weasley. Eu sei que qualquer deslize seu, Voldemort iria atacá-lo.
Portanto, tratei de dar um jeito no carro do Sr. Granger, antes de ir. - Quer dizer que... - Harry ficou mais surpreso com essa
revelação. - Sim. Em volta daquele carro, havia magia de proteção
minha e do Prof. Lupin. Achou que aquela barreira de proteção
apareceu do nada? E ainda Fudge dizia que isso não seria necessário.
Se não fosse por nossas teimosias, como você disse, Fudge,
Harry já estaria morto. Fudge franziu a testa. Não gostou de ser contrariado,
mas também ele não tinha mais o que dizer, pois realmente
estivera errado. No entanto, ele murmurava palavras desconexas para
si mesmo, fazendo cara feia e contrariada. - O que você disse, Fudge? - Dumbledore indagou. - Isso é besteira! - o ministro disse finalmente.
- Entretanto, vou permitir que Harry passe esses últimos dias
de férias em Hogwarts, como foi proposto pelo senhor, Dumbledore.
- Eu vou... pra Hogwarts? Quero dizer... ainda falta mais
de uma semana e... - Vai. - o Sr. Weasley confirmou. - E Rony também,
como foi combinado. Apenas para você não se sentir sozinho.
- e sorriu. - E Hermione? - Ela não vai poder ir. Fudge não permitiu.
Ela irá permanecer conosco até o fim das férias
de verão; e não se preocupem: nós passaremos no
Beco Diagonal para comprar o material de vocês dois. Hermione,
Gina, Fred e Jorge irão levar no primeiro dia do ano letivo.
- Sabe que não é permitido aos alunos passarem
as férias de verão em suas escolas, Dumbledore. - Fudge
encarou o diretor, furioso. - Estou permitindo acreditando que o garoto
corre perigo, e que ele estará a salvo por lá. - Em Hogwarts ele ficará seguro! - Dumbledore garantiu.
- E depois, falta um pouco mais de uma semana; acho que isso não
fará muita diferença. - Que seja! - o ministro encerrava a conversa. - Arthur,
leve o garoto de volta para a sua casa. Dumbledore, permaneça
aqui até que acertemos algumas coisas. E quanto a você,
Lupin, também está dispensado. Harry saiu da sala com o Sr. Weasley e com o Prof. Lupin, deixando Dumbledore e Fudge sozinhos. Ele teve uma vaga impressão de que os dois iriam discutir ainda por um bom tempo. * * * A sala aonde Arthur Weasley trabalhava era do mesmo tamanho
que a de Fugde, com apenas uma diferença: ele tinha que dividir
com outros funcionários de seu Departamento de Mau Uso de Artefatos
de Trouxas. O canto onde ficava a mesa do Sr. Weasley era algo que se
poderia definir como lotado. Harry ficou maravilhado com a quantidade
de coisas que haviam lá: muitos instrumentos de trouxas, como
lâmpadas, réguas de acrílico, tomadas, fios elétricos,
panelas, CDs, fitas de vídeo e uma porção de outras
coisas estavam espalhadas por todo o canto da sala. Tinha uma prateleira
só de livros comuns de trouxas; outra, com enormes rolos de pergaminho
e livros grossos e pesados. A mesa do Sr. Weasley também era bagunçada
como todas as outras que se encontrava dentro do Ministério.
Mas a do Sr. Weasley era a que mais lembrava uma mesa de escritório:
muitos papéis e cadernos estavam depositados ali, conjuntos de
canetas, lápis e borrachas tinham um lugar junto com as penas
e os potinhos de tinta. Fora a cadeira em que o pai de Rony se sentava:
era aquela típicas de escritórios; cadeira giratória
com rodinhas e estofado azul marinho. Isso não combinava nem
um pouco com a mesa de madeira talhada antiga, aonde ele trabalhava,
dando um toque engraçado na decoração. Harry também
viu uma máquina de escrever que estava em cima de uma outra mesa.
O Sr. Weasley estava arrumando as suas coisas, e parecia
que havia bastante trabalho pela frente. Alguns bruxos que se encontravam
naquele departamento, estavam demais concentrados em seu trabalho para
lhe dar alguma atenção. Harry, vendo que não tinha
muita coisa para fazer por ali, teve uma idéia: - Hum... Sr. Weasley... - Sim, Harry? - ele nem olhou para o garoto; estava organizando
milhares de relatórios. - Vou ver o Prof. Lupin. Ele está na sala de espera
ainda. E queria falar com ele. - Sim, Harry, como quiser... Ainda vou demorar um pouquinho
aqui, pode ir. Harry saiu da sala "moderníssima" do
Sr. Weasley e dirigiu-se para uma outra do lado, onde havia inúmeras
cadeiras vazias. Lupin estava sentado sozinho; na certa estaria esperando
Dumbledore sair de sua reunião com Fudge. - Prof. Lupin! - Harry o chamou. O professor ergueu os olhos e sorriu para ele. - Harry! Pensei que já estivesse ido embora. - Ainda não. - ele sentou-se na cadeira, ao lado
do professor. - O Sr. Weasley ainda tem que organizar algumas coisas,
e como eu não tenho licença e nem sei aparatar, ele irá
me levar de carro, que o Ministério irá emprestar. - Entendo... Mas então, Harry, tirando essa desagradável
volta de Voldemort, o que tem feito de bom? - Particularmente, nada. - Harry não sabia o que
contar. A sua vida nesses últimos tempos tem acontecido cada
coisa perigosa e estranha. - Fiquei sabendo que você foi o campeão do
Torneio Tribuxo. É verdade? - Digamos que sim. - Então, o que fez com o dinheiro? Harry lembrou-se dos mil galeões que recebera;
tinha entregado a Fred e Jorge. Ele não queria e nem precisava
do dinheiro. Sabia que os gêmeos estavam loucos para abrir uma
loja de logros e brincadeiras. Pelo menos, ele tinha certeza que o seu
prêmio não teria fins maléficos; apenas para diversão. - Fiz um bom uso dele, professor! - ele respondeu, sorrindo
e dando a entender que não queria comentar sobre isso. - Então...
- Harry mudava de assunto. - Você é a pessoa de confiança
de Dumbledore agora? - Nunca deixei de ter a confiança de Dumbledore,
Harry. - Lupin respondeu suspirando. - Se bem que, na verdade, não
era eu quem iria vir. Estou substituindo uma pessoa que não pôde
comparecer. - E... quem é essa pessoa? - Harry agora estava
curioso. - Não sei se estou qualificado para te informar
isso. Mas não se preocupe; na hora certa você saberá. Harry não insistiu nisso. Pela resposta definitiva
do professor, ele preferiu conversar sobre outra coisa. - Então... o senhor vai voltar a dar aula de Defesa
Contra Arte das Trevas em Hogwarts neste ano? Lupin sorriu. Mas sua resposta não foi como Harry
esperava: - Sinto muito, Harry. Já tem alguém que
está em posse do cargo. Harry pensou em perguntar quem era, mas por algum motivo,
por alguma força que o impedia de pronunciar qualquer coisa,
ele não o fez. Nem teria tempo, pois Lupin já iniciava
uma nova conversa: - Você tem tido bastante contato com Sirius, Harry? - Bem, eu... tenho escrito bastante para ele. Tenho me
comunicado com ele nas férias. Ele não entra em contato
com o senhor? - Só algumas vezes. Para relatar alguns fatos importantes.
Estive informado de seu quarto ano através dele. Ele me contava
o que estava acontecendo. Você escreveu a ele sobre o que aconteceu
hoje de manhã na estrada? - Sim, escrevi. Mas não sei se ele chegou a receber. - Ele deve ter recebido, com certeza. - Por que o senhor acha isso? - Intuição de lobisomem, Harry. - comentou Lupin, que riu depois de seu próprio comentário. - Farejo no ar que ele está por perto.
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DeAth*§* |
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