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Capítulo 13 - O desespero de Harry O desespero de Harry aumentava à medida que o tempo
passava. Estava de pé, do lado de fora da ala hospitalar, em
frente à porta. Rony e Hermione estavam esperando junto com ao
amigo as notícias sobre Cho Chang, a única pessoa que
foi estuporada e não havia acordado com feitiço nenhum. - Não acham que o que aconteceu agora seja estranho?
- Hermione quebrou o silêncio perturbador no corredor. - Quero
dizer, Hogwarts devia estar bem protegida, e ninguém sem autorização
poderia invadir os domínios do terreno... - Como você sabe disso? - Rony perguntou à
amiga. - Meu Deus, quando que vocês irão ler Hogwarts:
uma história, hein? Harry ignorava tudo que estava ao seu redor. A sua cabeça
se preocupava apenas em Cho, deitada na cama, tentando ser reanimada
por Madame Pomfrey. Sua ansieade por notícias fazia com que ele
caminhasse de um lado pro outro pelo corredor. A sorte deles fora que Dumbledore não permitiu
que ninguém ficasse na ala hospitalar a não ser eles.
Muitas amigas de Cho queriam estar por perto, mas somente a presença
dos três grifinórios foi concedida. Ele precisava manter
a ordem, agora que os Comensais já tinham ultrapassado a barreira
de proteção que Hogwarts possuía. - Onde estavam os professores de Poções
e de Defesa Contra Artes das Trevas? - indagava Hermione, não
para os dois, mas para si mesma. - Por que eles não estavam presentes
em meio a toda essa confusão? - Na certa os dois estava entre os Comensais! - Rony respondeu,
de cara feia. Madame Pomfrey abriu a porta. Ela colocou a cabeça
para fora, não deixando que ninguém visse o que estava
acontecendo dentro da enfermaria. - Então... - Harry se adiantou, querendo quebrar
a angústia que estava lhe infligindo. - Creio que a Srta. Chang terá que permanecer aqui
por uns tempos... O coração de Harry apertou. - O que houve? Ela acordou. - Ainda não, Sr. Potter. Mas acordará. - Eu... posso vê-la? - o garoto pediu. - Sem visitas. Pelo menos não hoje. * * * Harry precisava falar com Dumbledore. Rony e Hermione permaneceram no Salão Comunal da
Grifinória, onde muitos alunos estavam ali. A maioria temia que,
se saísse de lá, os Comensais poderiam atacá-los
novamente. Foi até vantajoso para Harry, já que ele não
teria ninguém querendo segui-lo. Naquela noite, o jantar foi servido nos próprios
salões comunais das casas. O medo de saírem do castelo
se arrastou até chegar a ponto de que nenhum aluno queria sair
de seu dormitório. Cada casa ficou sob a proteção
de um ou dois professores. Foi um sábado agitado que ninguém
queria que se repetisse. Em passos rápidos, Harry chegou facilmente até
a porta da sala do diretor. Os corredores estavam vazios; nem mesmo
os fantasmas estavam à exposição. Harry tinha a
autorização de falar com o diretor, e passar pelos professores
que encontravam no caminho fora uma tarefa fácil. Parado diante da porta, Harry podia ouvir a conversa que
de dentro saía. Mesmo contra as suas razões, a vontade
de saber o que o Prof. Snape tanto gritava foi maior. - Eu avisei a vocês! - Snape dizia, em tom alto.
- Ela nunca foi confiável, e por que agora seria? Madame Pomfrey
me disse que, quando tudo isso começou, Lies já tinha
saído da ala hospitalar há algumas horas. - Acha que a Kehara tenha algo a ver com o que aconteceu
esta manhã, Severo? - Harry ouviu o Prof. Lupin falar. - Se eu acho? - a voz de Snape ressoou irônica.
- Eu tenho certeza. Vocês não a conheceram bem. Eu a conheço
há muito tempo. E sei do que ela é capaz. - Se você a conhece bem, - Dumbledore dizia. - Sabe
que ela não tem culpa de nada, Severo. - Se as suas suspeitas estivessem certas, - Lupin disse.
- Acho que provavelmente você estaria sabendo de alguma coisa.
O silêncio prorrompeu a sala do diretor naquele
instante. Harry imaginou como o clima estava pesado lá dentro,
e decidiu que aquele não era bem o momento certo para falar com
Dumbledore. - O que faz aqui, Potter? Harry gelou. A voz de Olho-Tonto Moody atravessou todo
o seu corpo, e ele viu que o auror estava logo atrás dele. - Eu... eu... - gaguejava Harry. - ...Dumbledore... preciso
falar com ele... - O que está esperando para bater na porta, então?
- Moody olhava para ele tanto com o olho normal como com o olho mágico. Harry mexeu os ombros mas não disse nada. Moody,
afim de não querer prolongar aquela conversa, logo batia a porta
da sala do diretor e abria em seguida. Dumbledore e Lupin acenaram com
a cabeça assim que os dois entraram. Snape olhou friamente para
Harry, o que não o surpreendera nada. - Potter estava querendo falar com o senhor, Dumbledore!
- Moody disse, fechando a porta da sala. - Tudo bem. - Dumbledore falou. - Assunto particular,
Harry? Harry sentiu-se meio encabulado de dizer isso na frente
dos professores. Balançou a cabeça afirmando. Snape crispou
os lábios e, sem se despedir de ninguém, saiu em passos
largos e rápidos. Moody foi atrás dele, apenas pedindo
licença para o diretor. Somente o prof. Lupin, Dumbledore e Harry
estavam ali. - Bem, estou me retirando também. - Lupin levantou-se
da cadeira onde estivera sentado e dirigia-se para a porta. - Não precisa! - Harry viu as palavras saindo de
sua boca. Ele abaixou a cabeça e engoliu seco. Já que
começou, ele tinha que terminar. - Eu só não queria
que... que o prof. Snape estivesse aqui. O senhor entende, não
é? Lupin sorriu para o garoto. Dumbledore fez o mesmo, dizendo
a ele: - Então, Harry... Diga, o que quer saber? - Diretor... - Harry tentava buscar as palavras que estavam
entaladas na sua garganta. - Voldemort estava... estava atrás
de mim. E eu sei que, tudo isso que aconteceu na escola, é por
minha causa. Lupin olhou seriamente para Harry. O diretor suavizou
o seu olhar penetrante e coçou o queixo, debaixo daquela enorme
barba prateada. - Conitnue. - Dumbledore pediu. - Eu botei em risco da família de Hermione daquela
vez, lá na estrada. Isso aconteceu porque eu estava com ela.
Desta vez, eu estava aqui em Hogwarts. Todos os alunos que estavam lá
no campo de quadribol sofreram o ataque. Os Comensais estavam atrás
de mim, e eles não têm nada a ver com isso. - O que você quer dizer com isso, Harry? - Lupin
estava desconfiado do que o garoto iria dizer. - Cho está desacordada ainda por minha causa! -
ignorando a pergunta de Lupin, Harry tentava conter o seu desespero
em relação a apanhadora da Corvinal. Não conseguia
mais esconder a aflição que sentia. - Todos estão
tentando manter-se protegidos, mas aonde eu for, quem estiver comigo
irá junto. Isso é a última coisa que eu quero e...
- Está pensando em se entregar, Harry? - Dumbledore
o encarou, bastante sério. - Eu... pensei em... - Acha que, se você se entregar a Voldemort, ele
parará de deixar todos os bruxos apavorados? Acha que ele irá
parar de matar gente inocente por puro prazer? Harry abaixou a cabeça. Fora estúpido mais
uma vez; aconteceu isso quando estava na casa dos Weasleys e ele queria
fugir de lá. Por uma fraqueza, ele já queria colocar tudo
a perder. Seus pensamentos estavam dedicados apenas a Cho, e quando
ele a viu desacordada, nos braços de Hermione, sem demonstrar
qualquer reação, culpou a si mesmo. - Harry! - Lupin depositou sua mão no ombro dele.
- Eu entendo como se sente. Mas não pode fugir disso, assim como
nós também não podemos. - Desculpe... - Harry sentia-se agora envergonhado. -
Mas eu não consigo mais deixar de me culpar por tudo quer anda
acontecendo de ruim ultimamente. Voldemort me quer e, enquanto ele não
me tiver, continuará a fazer coisas horríveis e... - Acalme-se, Harry! - pediu Dumbledore. - Minha cicatriz estava doendo. - confessou Harry, colocando
a mão sobre a testa. - Lá no campo eu só vi os
Coemnsais. Voldemort estava entre eles? - Não posso afirmar isso. - o diretor respondeu.
- Mas esteje certo de que, de alguma forma, ele estava. Senão,
a sua cicatriz não iria doer. Harry ia se retirando da sala de Dumbledore. Estava se
sentindo um estúpido e, quanto mais cedo saísse dali,
melhor. - A propósito, Harry! - o diretor disse, quando
Harry já estava na porta da sala. - Procure Lupin, se precisar
saber de alguma coisa. Ele ficará aqui por algum tempo. Voltará
a ser professor temporário. Harry virou-se novamente e encarou Lupin. - E quanto à Profa. Lies? Silêncio. - Onde ela está? - o garoto insistiu. - Ela sumiu. - Dumbledore respondeu, quase sussurando. - Desapareceu esta manhã.
Harry subia as escadas em direção à
Torre Norte. O fato de Dumbledore ter contado o desaparecimento da Profa.
Lies, fez ligar à conversa que ele tinha ouvido na masmorra há
mais ou menos um mês atrás entre ela e o Prof. Snape. De
fato, ela possuía algum segredo e parecia que ela não
estava do lado de Dumbledore, segundo as palavras de Snape daquele dia.
Mas Harry também não viu Snape durante o jogo de quadribol
daquela manhã. E ele acusava a professora de Defesa Contra Artes
das Trevas deliberadamente, sem dó na sala do diretor. E como ele tinha sido estúpido! Cho estava acabando
com sua mente, e enquanto ela não acordasse, não podia
ter controle dos seus impulsos. Sentia-se mal por ela estar na ala hospitalar,
deitada, sem reação nenhuma. - Não se preocupe, Ícarus. - a garota que
Harry havia visto na arquibancada, abraçando o pequeno Avery
durante o ataque dos Comensais, estava ajoelhada em frente ao novo goleiro
da Grifinória, que chorava sem parar. A garota olhava diretamente
para ele, e Harry notou que ela possuía um olhar determinado.
- Não vou deixar que nada aconteça a você. - Papai estava lá, não estava? - Ícarus
choramingava. - Mamãe tenta me esconder isso, você tenta
me esconder isso de mim. Por quê? Já tenho idade suficiente
para saber que nosso pai é um Comen... - Ícarus... - a garota o abraçou, interrompendo as suas palavras. Nisso, ela percebeu a presença de Harry. Não demonstrou surpresa. Manteve-se firme em sua conduta. - Depois a gente conversa, querido. - ela se levantou. - Preciso voltar para o Salão Comunal da Sonserina.
A garota andava agora com passos apressados, e passou
por Harry sem olhá-lo. Ícarus ainda chorava, e limpava
seu rosto com as mangas de suas vestes. - Era a sua irmã, Ícarus? - Harry não
resistiu em perguntar. Colocou a mão no ombro do garoto, que
agora, estava mais calmo. - Sim... - ele ainda fungava. - Eu não sabia que você tinha uma irmã
aqui em Hogwarts... - Ela não vive comigo. - Não? - É, meus pais são separados... - o garoto
limpava novamente as lágrimas que ainda estavam escorrendo pelo
seu rosto. - Ela vive com meu pai. Eu moro com a minha mãe. Só
de vez em quando a gente se via. Fiquei tão feliz quando vim
pra Hogwarts! Pelo menos eu poderia ver a minha irmã todos os
dias... Harry sorriu para ele. Não pode deixar de sentir
pena do garoto; ele sabia sobre o seu pai e toda a família escondia
a verdade dele para poupá-lo. - Vamos entrar? - Harry sugeriu para o pequeno Avery,
conduzindo-o à entrada do Salão da Grifinória.
- Quem sabe, se você dormir um pouco, não se sentirá
melhor?
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DeAth*§* |
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