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Capítulo 19 - Mudança de comportamento No último mês antes do Natal, Harry agora
andava mais calmo; Cho acordara, e era uma preocupação
a menos. Mesmo com a volta da Profa. Lies, os alunos ainda continuavam
tendo aula com Lupin. Lies ficou uma semana na ala hospitalar ocupando
o lugar de Cho. - O que vocês acham que aconteceu com ela? - Harry
perguntava a Rony e Hermione, na saída da aula de Defesa Contra
Artes das Trevas. Os dois tinham feito as pazes depois do baile, para
a alegria e ao mesmo tempo, surpresa de Harry. Afinal, eles se reconciliaram
tão rápido e tão fácil. - É estranho o fato dela conseguir ter curado Cho.
- disse Hermione. - Nem Madame Pomfrey havia conseguido... - Isso que me assusta. - Harry comentou. - Se ela é
capaz de fazer coisas desse tipo sem varinha, o que ela é capaz
de fazer a favor da Arte das Trevas? - Você acha que ela seria capaz disso, Harry? -
Harry, Rony e Hermione viraram-se instantaneamente ao ouvir a voz do
Prof. Lupin, que havia saído da sala de aula também. - Professor Lupin! - Harry exclamou. Lupin sorriu e disse: - Acho que você, Harry, deve agradecimentos à
Profa. Lies. - O quê? - Ela salvou a Srta.Cho Chang, não? Harry balançou a cabeça. Talvez, ele realmente devesse procurar a Profa. Lies. * * * Uma semana se passou, e Harry não conseguiu falar
com a Profa. Lies. Estava evitando a todo custo a ala hospitalar; passar
por lá era tortuoso demais. Lembrava toda vez no desespero que
sentia enquanto Cho estava internada. Harry nunca mais falou com ela depois daquele dia que
despertou de um longo sono. Ás vezes, ele a via junto com umas
amigas , mas nunca teve coragem de chegar perto dela novamente. Era
bem mais fácil quando Cho estava inconsciente. A Profa. Lies iria reassumir o posto de professora de
Defesa Contra Artes das Trevas. Lupin retornaria a sua vida e deixaria
toda a matéria novamente nas mãos de Lies. Ela estava
recuperada, mas ultimamente agia de uma maneira diferente: nem parecia
a mesma pessoa. Estava mansa, e todos que a vissem sentiriam pena dela.
Não atacava mais os outros com os seus desaforos; simplesmente
ficava na dela. Harry sentia que, o quer que tenha acontecido durante
o tempo em que esteve desaparecida, foi bom para ela tomar consciência
e parar de importunar a vida dos outros. Ninguém sabia por onde ela andou ou deixou de andar.
Se Dumbledore sabia, estava ocultando bem os fatos. Nem os professores
tinham conhecimento do que Lies andara aprontando nesse tempo; e nem
ela falava sobre isso. Na primeira aula dela depois de sua volta, Harry podia
sentir o seu tédio. Ele estava sentado ao lado de Hermione, enquanto
a professora fazia a chamada. -O que ela tem? - Simas, que estava atrás de Harry,
cochichou. - Parece que está desanimada com o mundo. Harry e Hermione deram nos ombros. Lies terminou a sua
chamada e, depois de enrolar o pergaminho, olhou para a classe e disse,
sem emoção: - Andei olhando as anotações do Prof. Lupin
e conclui que ele deu uma boa adiantada com essa turma. Hoje apenas
falaremos mais sobre os animais perigosos que tendem a servir o lado
das Trevas. Teremos apenas aula teórica, e por isso, peço
a todos vocês que prestem atenção no que eu vou
dizer para saber como colocar em prática nos anos seguintes. Hermione era a única que prestava atenção
na aula. A maioria dos alunos quase desmaiou de tanto sono; parecia
mais uma aula de História da Magia com o Prof. Binns do que uma
aula de Defesa Contra Artes das Trevas. - Devo informar-lhes também - Lies continuava a
explicar. - Que as cobras são animais traiçoeiros, e se
não soubermos dominá-las, elas podem surpreender a todos.
Apesar disso, temos animais que jamais desconfiamos o que eles tramam;
e esses passam a ser bem mais perigosos do que as cobras. Estou falando
dos gatos. Nesse instante, Harry levantou a sua cabeça, que
estivera deitada na mesa até então e olhou para Mione.
Rony, que estava mais atrás, também fez o mesmo. Os dois
garotos se entreolharam depois, e parecia que ambos estavam pensando
na mesma coisa: Bichento. - O gato é um animal que muitas vezes engana. -
a professora agora falava em um tom mais sério. - Se você
não ficar prestando atenção em suas atitudes, ele
pode muitas vezes fazer coisas que nós, bruxos, não enxergamos.
Hermione se mexeu na cadeira. - Pra falar a verdade, - continuou. - Acho até que vocês deviam ter mais medo dos gatos do que das cobras. As cobras sempre tiveram aquela visão pelas pessoas
de um animal asqueroso; mas o gato sempre foi comum na domesticação.
Portanto, tenham cuidado quando avistar um gato desconhecido e perceber
que este não tira os olhos de você. Harry lembrou-se de Bichento. No terceiro ano, Rony sempre
acusava o gato de implicar com Perebas. E Bichento sempre teve a razão
disso: na verdade, Perebas era Pedro Pettigrew, o traidor de seu pai.
Quantas vezes Rony odiou Bichento pela implicância com o seu rato
de estimação? No final das contas, o gato de Hermione
estava com a razão. Mas por onde andava o gato de estimação
de sua amiga? Hermione disse no começo do ano que tinha deixado
Bichento aos cuidados de seus pais. Qual era o objetivo dela perante
isso? Desde então, Mione nunca mais tocou no assunto e nem comentava
nada com eles sobre seu gato. E agora, com essa aula de ter que desconfiar
dos gatos, de que os gatos eram animais traiçoeiros, Harry ficou
preocupado. - Diga, Srta. Patil! - a professora disse, no momento
em que avistou o braço de Parvati erguido no ar. - E quanto aos animagos que se transformam em gatos? A classe inteira olhou para Parvati. Todos tinham se tocado
do que ela estava falando, e logo em seguida, viraram-se para Lies,
querendo saber a sua reação. Esta, apenas sorriu e respondeu,
demonstrando ser a pessoa mais meiga do mundo: - Você deve estar se referindo à Prof. McGonagall,
não é mesmo? Harry já estava esperando que Lies debochasse da
professora, ou até mesmo, ironizasse a pergunta de Parvati. A
aluna apenas respondeu que sim balançando a cabeça, meio
apreensiva com o que estava por vir. - Nesse caso, não. - Lies respondeu, em tom de
voz normal. - Nós conhecemos a Profa. McGonagall e já
sabemos quem ela é. Animagos agem de maneira diferente; bruxos
têm emoções e objetivos diferentes dos animais,
Srta. Patil. Mas quem não conhecesse McGonagall e a visse transfigurada
como um gato, teria que estar em alerta. Gatos são animais que
tem a especialidade de enganar as pessoas. Harry olhou para Mione, e esta estava inquieta em seu
lugar. Parou de anotar todas as coisas que a professora falava, e não
podia esconder que estava meio insegura de si. - Bem... - disse a Profa. Lies. - Temos aula ainda esta
semana, eu queria pedir a vocês que façam uma pesquisa
sobre os animais perigosos que tendem a estar do lado das Trevas. Escolha
um deles, e pesquise seus pontos fortes e fracos. Vale nota. Estão
dispensados! Hermione levantou-se rápido, e disse que precisava
passar na biblioteca antes da próxima aula. Rony foi atrás,
enquanto Harry enfiava todos os seus livros na mala de qualquer jeito.
Também queria saber por que ela tinha ficado inquieta quando
a professora começou a falar de gatos. Harry se levantou e, quando
estava saindo, ele ouviu Lies o chamar: - Potter! Fique, eu preciso falar com você! Harry caminhou até a mesa da professora, meio contraditório
por causa de Mione. Mas ele devia desculpas a Lies, e precisava fazê-lo,
aproveitando que ela queria também falar com ele. - Sente-se, por favor! - pediu, enquanto o último
aluno saía da sala. Ela trancou a porta e se apoiou em sua mesa.
Harry sentou-se numa carteira e largou a sua mala nela.
Sem coragem de encará-la, ele resolveu que devia falar primeiro: - Professora, acho que eu te devo desculpas... - Potter! - ela pousou sua mão sobre o ombro dele.
- Por favor, esqueça isso. O garoto assustou-se com a atitude dela; nunca que ele
iria imaginar que Lies estaria falando com ele com aquela tranqüilidade. - Eu conversei hoje de manhã com a Srta. Chang...
- Lies dizia. - Ela parece não se lembrar de muita coisa sobre
o que aconteceu. - Eu sei. - disse Harry. - Na verdade, eu preferi que
ela não soubesse de nada. - Inclusive, - ela interrompeu. - Ela não se lembra
de como acordou. Ao ouvir isso, Harry olhou para Lies. Ela esperava uma boa resposta dele. Era verdade; Harry não comentara com Cho de como ela acordara; a apanhadora da Corvinal achava que ela tinha acordado por si própria. Agora, Lies queria saber o porquê ele fizera isso.
Afinal, não era muito bem vista pelos alunos e, justo quando
tinha feito algo de bom, Harry fez o favor de ocultar. Agora, mais do
que nunca, ele devia desculpas. Em meio a tantas coisas que vinham em
sua cabeça, ele tentou justificar: - Professora, eu sei que devia ter dito a ela, mas achei
que... - Obrigada, Potter! - O quê? - Harry agora estava confuso. Por
que ela estava o agradecendo? - Não me olhe assim! - Lies riu. - Eu sei que eu
pareço estar agindo de maneira estranha. Bem, eu sei que não
fui muito simpática com ninguém no começo do ano... - Professora, eu nunca disse isso... - Ninguém precisa me dizer isso. Eu sei o que os
outros pensam e eu sei que eu andei sendo grossa com qualquer um que
aparecia na minha frente. E acho que talvez, eu só tenha dado
conta disso somente agora. Eu sinto por tudo que você tenha passado
em relação a Srta. Chang, Potter. Harry meneou a cabeça. Era mesmo a Profa. Lies? - Eu quero apenas agradecer você, - a Profa. Lies
continuou, ignorando cada expressão de espanto que se formava
no rosto de Harry. - Por não ter comentado com ninguém
sobre o que eu fiz na ala hospitalar. "Ninguém pode saber disso, Harry. Eu não
queria que os outros me olhassem diferente novamente. Eu mesma não
gosto dos poderes que eu tenho; eles trazem problema a mim desde que
nasci." - Como assim... problemas? - Harry perguntou, querendo
saber mais sobre a professora de Defesa Contra Artes das Trevas. - São problemas que... - Lies começava a
esfregar seus olhos, que começavam a se formar algumas lágrimas.
Ia continuar, mas a porta da sala se abriu naquele momento, e Snape
entrava por ela, trazendo muitos livros na mão. Ele não
olhava para ela, estava tentando ajeitar os livros grossos e pesados
que trazia consigo, e ia dizendo, com um tom de voz que Harry ainda
desconhecia: - Kehara, eu trouxe o que você tinha me pedido e... Snape então, se deu conta da presença de
Harry. Ele escondeu a surpresa em ver garoto a sós com a Profa.
Lies, mas seus olhos refletindo espanto não enganavam ninguém. - O que você está fazendo aqui, Potter? -
agora sim, Harry reconhecia a voz do professor de Poções. O garoto se levantou, pegando a sua mochila e andou na
direção da porta. De frente com Snape, ele respondeu: - Estava pedindo desculpas a ela, professor. - ele acenou
para Lies. - Tratei a professora muito mal quando estava salvando Cho
e devia isso a ela. - E é assim que a pessoa fica quando alguém
pede desculpas para ela? - Snape apontou Lies, que ainda enxugava algumas
lágrimas que escorria sobre seu rosto. - Que eu saiba, Lies devia
estar feliz por isso e não... - Não se preocupe comigo, Prof. Snape! - Lies disse.
- Ele realmente estava me pedindo desculpas. Harry olhou para o professor. Este, lançou o pior
olhar de desprezo que só ele sabia fazer, e desbloqueou o caminho,
deixando-o passar. Harry saiu pela porta, e a fechou devagar. "Cada coisa estranha...", Harry pensava, enquanto
corria em direção a biblioteca; ele tinha algumas dúvidas
para acertar com Hermione. Ele subiu as escadas , saindo das masmorras. Porém,
antes de dobrar o corredor, ele pôde ouvir os berros que Rony
e Mione estavam dando. Alguns alunos que passavam por ali, paravam para
observar a briga entre os dois. - O que você quer, afinal? - Hermione bufava, evitando
olhar para Rony. - Já não disse que eu... - Por que está fugindo? - indaga Rony. - Está
com medo de mim e de Harry, Mione? Por acaso você está
escondendo algo da gente, é? Pra ficar nervosinha desse jeito,
só pode ser... - Não sei do que você está falando... - Não tente fugir do assunto, Mione! - Rony esbravejou.
- Sabe, desde que conheceu o Krum você não tem sido a mesma! Hermione virou-se para Rony, encarando-o com raiva: - Está fazendo eu perder meu precioso tempo para
ouvir sermões sobre o Vítor Krum? Francamente, me poupe
de suas criancices! - Criancice? - exclamou Rony. - Faça-me o favor,
Mione, acha que trocar seus verdadeiros amigos pelo Krum é a
coisa mais normal do mundo? - E quem disse que eu troquei vocês por ele? - Parem com isso vocês dois! - Harry quase gritou,
enquanto se colocava no meio de Rony e Mione. - O que pensam que estão
fazendo? - Pergunte ao Rony, Harry! - Mione retrucou. - Ele que
está sendo idiota por ficar tirando satisfações
minhas de com quem eu ando ou com quem eu deixo de andar. - Idiota, eu? - Rony lançou um olhar de raiva para
a monitora da Grifinória. - Idiota está sendo você.
Se você não confia mais na gente, pode dizer isso na nossa
cara. Seria bem melhor do que ficar fingindo. Do fundo do corredor, estavam vindo a Profa. McGonagall
e Draco Malfoy, que tentava seguir os passos apressados da Professora
de Transfigurações. - Srta. Granger! - McGonagall transpassou desapontamento
e nervosismo em sua voz. - O que está fazendo? - Que belo exemplo de monitoria a senhorita está
dando aos alunos... - McGonagall dizia a Hermione. - Sinceramente, não
esperava isso de você, Srta. Granger. Monitores tem como função
colocar em ordem as coisas de sua casa, e não transformá-las
em baderna. - Eu... - Mione abaixou a cabeça. - Eu sinto muito,
professora... - Quem deveria sentir sou eu! - exclamou a professora.
- Eu lhe dei o cargo de monitoria porque achei que você seria
um bom exemplo aos seus colegas. Hermione sentiu as suas bochechas corarem. Harry viu que
a respiração dela começou a ficar mais difícil
e que, ouvir aquilo da professora McGonagall estava sendo uma tortura.
Queria se opor a isso, mas não sabia as palavras adequadas para
tratar a diretora da casa. Foi quando ele ouviu Rony interromper os
sermões que eram aplicados a amiga: - A culpa foi minha, professora! Foi um momento de espanto: McGonagall encarou Rony, e
Mione ergueu a cabeça assustada. Draco deixou o seu queixo cair
com aquela declaração. - Como é que é, Sr. Weasley? - a professora
perguntou a ele severamente. - Bem... - Rony buscava as palavras que lhe vinha à
cabeça. - Na verdade, Hermione estava me chamando a atenção
sobre... sobre... algumas infrações às regras da
escola que eu poderia cometer, mas acabei ficando nervoso e comecei
a discutir com ela. Ela tentou me manter calmo, mas acho que estava
nervoso demais. Por isso, ela levantou o tom de voz comigo e... - Já chega, Sr. Weasley! - disse McGonagall. -
Isso é verdade, Srta. Granger? Hermione encarou Rony, que suplicava através do
olhar para que ela afirmasse. No entanto, ela sacudiu a cabeça,
respondendo que não. - Muito bem... - a professora falou. - Me acompanhe, Srta.
Granger. Rony olhava Hermione com mais raiva do que estava antes.
Ela recusara o apelo do amigo, e isso o enfureceu mais ainda. - Ah, senhores Potter e Malfoy! - McGonagall virou-se
em direção a eles, antes de partir com Hermione. - Antes
que eu me esqueça, quem vai aplicar detenção em
vocês pela confusão do dia das Bruxas, será a Profa.
Lies. Ela está precisando que alguém a ajude a organizar
o material que foi deixado pelo Prof. Lupin. Ela falará com vocês
depois do jantar. Os três ficaram parados por ali até que a
Profa. McGonagall desaparecesse de vista, com Mione. Imediatamente,
Harry virou-se para Draco, e disse: - Foi você que foi contar a McGonagall que tinha
briga aqui, não é? - Talvez seja eu, Potter! - Malfoy sorriu maliciosamente.
- Mas infelizmente, eu não tive esse prazer porque não
estava sabendo dela. Somente depois, que eu vi McGonagall correndo furiosa
pelos corredores que me contaram. - Aposto que você espera que a gente caia nessa!
- Rony ironizou. - Não, eu não me importo... - Draco respondeu.
- Não me importo com o que gente da sua laia pensa, Weasley!
Mas pelo menos, vejo que você não é tão burro
quanto parece. - Do que está falando? - Ora, Weasley... Você é esperto em querer
brigar com sangue-ruins, afinal, eles não tem nenhum valor aqui. Nesse instante, Rony avançou para cima de Draco
e, quando estava prestes a dar um soco na cara dele, Harry o segurou. - Calma, Rony! - Harry tentava segurar o amigo enfurecido.
- Não quero que a gente se meta em outra confusão! - Mas é burro, - continuou Malfoy. - Por fazer
isso de uma maneira tão indiscreta! - E creio que você saberia como fazer isso sem chamar
a atenção, Malfoy! - Rony o provocou. - Pois você
faz isso toda hora! - Se eu faço, você não tem como provar,
Weasley! - Draco retrucou. - E sabe por que? Porque eu faria de uma
maneira que não chamasse a atenção de ninguém.
Claro, e com grande competência, algo que eu diria que nenhum
de vocês dois têm! Harry segurou com mais força o braço do
amigo, que agora estava forçando para poder avançar de
vez no sonserino. Draco riu e, enquanto ia embora, dizia: - Até mais, Weasley! Vejo você na detenção com a Profa. Lies, Potter! * * * Harry e Rony voltaram para o Salão Comunal da Grifinória.
No fim da tarde, uma hora antes do jantar, os dois estavam fazendo a
tarefa de Adivinhação, da Profa. Trewlaney, inventando
novas previsões. Alguns alunos se encontravam ali, mas todos
estavam ocupados; ora conversando, ora jogando xadrez de bruxo, ou até
mesmo, tinha alguns que, além deles, também faziam as
suas tarefas. Harry certificou-se que ninguém estava prestando
atenção neles, e contou a Rony tudo o que tinha acontecido
na sala da Profa. Lies, não esquecendo de dizer da entrada de
Snape e a sua reação. - Lies deve ter passado por alguma coisa grave. - comentou
Rony. - Para ela estar agindo desse jeito. - E Snape também. - O que tem Snape? - Ele ficou meio sem graça quando me viu lá.
Não acha isso estranho? Uma risadinha soou por trás dos garotos. Surpresos,
eles reconhecem Gina, postada em pé, olhando para as tarefas
de Adivinhação e tapando a boca, escondendo a sua risada. - Do que está rindo, Gina? - Rony pergunta a irmã.
- Do que Harry acabou de contar a você. - ela respondeu,
indiferente. - Sabe, eu nunca pensei que Snape... nossa. - riu novamente.
- Quem diria... - Gina, quer explicar qual o motivo da risada? - Rony
disse impacientemente. Ela sorriu sem dizer nada. - Você também acha que... - disse Harry,
apreensivo. - Que eles... - É. - ela confirmou. - Eu diria que Snape realmente
está apaixonado. E pelo que me parece, se tudo o que você
disse, Harry, for verdade, creio que ele está sendo correspondido. - Eles se merecem! - disse Rony. - Os dois são
horríveis. - Que horror, Rony! - Gina reclamou. - Por mais que eles
sejam assim, ainda são humanos. E eles têm o direito de
se apaixonar sim! - Bom... - Harry interrompeu, fazendo cara feia ao ver
a expressão de romantismo que Gina demonstrava. - Isso é
realmente estranho... Os dois não agüentavam nem em se ver.
Lembra do que Hagrid disse, Rony? Que nem Snape suportava Lies, quando
ela era aluna dele? - Dizem que o amor nasce do ódio, Harry! - esclareceu
Gina. - Não só o amor, mas os sentimentos mais belos são
os mais próximos do ódio. - Não diga bobagens, Gina! - disse Rony. - De onde
você tirou essa idéia estúpida? - Não é uma idéia estúpida,
Rony! É verdade. Harry ficou calado. Ele olhou para Gina e percebeu o quanto
ela tinha amadurecido; já se passaram cinco anos desde que ele
a tinha visto pela primeira vez. E falar coisas desse tipo, vindo dela,
era diferente. Gina despediu-se deles e subiu direto para o quarto. Somente
quando ela já tinha ido embora, que Rony comentou: - Minha irmã anda muito diferente pro meu gosto... - É, Rony. Detesto admitir, mas dizem que as garotas
amadurecem antes da gente. - Que absurdo! Quem te disse isso? Harry não teve tempo para responder. Hermione,
entrava no salão, correndo, bufando, pisando firme e forte, e
subiu as escadas, indo direto para o dormitório das meninas,
sem sequer olhar quem estava no seu caminho. Lilá e Parvati,
que estavam conversando em frente da lareira, acharam isso esquisito
e resolveram subir atrás da monitora, a fim de saber o que estava
acontecendo com ela. - Rony, você falou com ela sobre o Bichento? - Harry
perguntou, ainda olhando em direção às escadas
que davam para o dormitório feminino. - Ela mudava de assunto... - Rony respondeu, ajeitando
alguns mapas astrais que estavam espalhados em meio aos seus livros.
- Sinceramente, acho que a gente está se preocupando à
toa. O que um gato poderia fazer de errado? - O que a Profa. Lies disse na aula, Rony! - E você acredita no que aquela doida diz? Harry,
ela esteve sumida há mais de um mês! E você nem sabe
se, nesse meio tempo, ela esteve com Você-Sabe-Quem traçando
junto com ele mais um plano para te matar! - E então por que Mione sempre fica esquisita desse
jeito toda vez que falamos de Bichento? - Ela não fica esquisita. Ela apenas acha que a
gente está agindo como dois idiotas por ficar se preocupando
com o bichinho de estimação dela. - Claro. Assim como você se preocupava tanto com
Perebas... Rony imediatamente calou-se. Largou os pergaminhos que
esteve enrolando em cima da mesa, se largou no encosto da cadeira e
encarou o amigo: - Está querendo me dizer que Bichento também
é um... animago? - Não estou dizendo nada disso. Você é
quem está tirando essa própria conclusão. Alguns pergaminhos caíram no chão, e Rony
teve que se levantar para pegá-los. Voltou à mesa, sem
dizer mais nada, e arrumou toda a bagunça que estava sobre ela.
Harry também estava quieto, e não tocou mais naquele assunto.
Mas, ele ainda precisava saber de mais uma coisa: - Por que defendeu Mione, Rony? A pergunta fez com que Rony se desconcentrasse outra vez.
Novamente, ele teve que apanhar os pergaminhos e os livros, que também
estavam no chão. Ainda recolhendo-os, ele respondeu, escondendo
o seu rosto de estava corado: - Eu apenas pensei no cargo dela... de monitora. E sei
que ela ralou para consegui-lo. Uma infração dessas, ela
podia perder alguns pontos de confiança como monitora e... - Mas você não estava com raiva dela? Você
estava discutindo abertamente com ela, todos estavam vendo. E ouvindo,
claro! Desta vez, Harry conseguiu ver as orelhas de Rony, que
também ficaram vermelhas. - Bem.. eu... eu... - gaguejou Rony. - Ela... ela que
começou a dizer coisas absurdas, mas isso poderia ser acertado
mais tarde. E o cargo de monitoria, acho que não.
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DeAth*§* |
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