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Capítulo 26 - Amizade profunda Íris estava parada perante a porta de entrada
da sala dos troféus. Harry correu em sua direção,
e acenou para ela. - Anda correndo demais, Harry! - ela sorriu, e estendeu
a capa da invisibilidade a ele, cuidadosamente dobrada. - Tome, aqui
está. Ela ainda está inteira. - Estou em uma maratona de estudos. - respondeu Harry,
pegando a capa. - E você? Não está estudando para
os N.O.M's. - Não preciso estudar... - ela riu. - Eu sei que
me sairei bem nos testes. - Está tão confiante assim de si? - Ah, Harry... Eu nunca precisei de nota nenhuma. Passei
os quatro anos anteriores estudando muito. Tanto, que ninguém
notava a minha presença... Digamos que eu realmente fiz aquilo
que você fez durante o Natal. - E o que eu fiz durante o Natal? - Se isolou. Você não falava com ninguém,
nem mesmo com os seus amigos. - ela o olhou da cabeça aos pés,
como se estivesse o avaliando. - Vejo que fiz bem em conversar com a
Cho sobre você... - Você fez o quê? - Harry sentiu seu corpo
gelar. - Conversei com ela. Primeiro, eu perguntei se ela tinha
agradecido a você por todo o tempo de dedicação
que recebeu. Ela me pareceu meio acuada, acho que eu estava certa de
que a resposta era "não". "Achei que seria bom se ela falasse com você,
e quem sabe, você pararia com essa idéia idiota de querer
isolar-se de todo mundo." - Você não sabe qual é o motivo... - Nem quero saber, Harry. Isso não é da
minha conta. O queixo de Harry caiu. Nunca conseguia entender o que
a monitora da Sonserina pensava ou deixava de pensar. E ela ainda continuou: - Eu sei que todas as pessoas, às vezes necessitam
ficarem sozinhas. Eu fiquei sozinha durante quatro anos, e achei que
foi demais. Esse ano, eu precisava sair dessa depressão, e ainda
mais que meu irmão iria começar a estudar aqui em Hogwarts.
Tenho certeza de que ele não queria uma irmã desconhecida
estudando aqui, que não falava com ninguém a não
ser com o seu próprio reflexo. Quando tomei essa decisão,
eu até tentei fazer amizade com o resto do pessoal da Sonserina...
Mas apenas uma pessoa me deu atenção... - Ah, é? E quem era? - Draco Malfoy. Harry ficou boquiaberto. - Como é que é? - Ele me defendeu das garotas que dividiam o dormitório
comigo, principalmente contra aquela feiosa da Pansy. Desde então,
ele tem sido legal comigo... - Não acredito nisso. - Ele me trata bem. É o único que ainda
converso dentro da Sonserina. - Ele é filho de um Com... - Harry vacilou um instante.
Nesse meio tempo, Íris já se adiantou: - Eu também sou, Harry. Não somente eu,
como a maioria dos que estão na Sonserina tem descendência
de alguém que foi um Comensal da Morte. Isso não quer
dizer que todos os filhos sejam como o pai. - Aonde você está querendo chegar, Íris? - A lugar nenhum. - ela respondeu com convicção.
- Queria apenas abrir os seus olhos, Harry. O isolamento pode te prejudicar
mais do que você pensa. Não recuse a ajuda alheia. Ela pousou sua mão direita sobre o ombro de Harry. - Seja como for, Harry, acho que você deve correr
até a biblioteca. Não vai querer que Cho fique te esperando
por muito tempo, não é mesmo? - Eu queria te perguntar antes... - Harry coçou
a nuca. - Ícarus está bem? - Acho que sim. - ela sorriu. Harry retribuiu o sorriso e durante alguns minutos, eles
permaneceram assim, olhando um para o outro. De repente, a garota o
puxou para si e o abraçou. Harry percebeu que ela era quase do
seu tamanho, e seu cabelo exalava um perfume gostoso. Era diferente
do de Cho; mais fraco e mais suave. - Obrigada, Harry. - ela disse. - Obrigada por cuidar
do meu irmão por mim. - Não se preocupe, Íris. - Harry respondeu,
não se sentindo nem um pouco nervoso com aquela situação.
Certamente, se fosse Cho o abraçando, ele não conseguiria
nem sequer se mexer. - Enquanto seu irmão for o apanhador da
Grifinória, eu farei de tudo para ele ter uma excelente saúde
e um bom estado emocional... - POTTER TEM UMA NAMORADA! Pirraça prorrompeu pelos corredores perto da Sala
de Troféus gritando isso. Harry e Íris se assustaram,
soltando-se um do outro subitamente, e mandaram Pirraça calar
a boca. O Poltergeist, que andava ultimamente sumido, fez a sua volta
triunfal, andando pelos corredores do castelo e espalhando a notícia
falsa: - POTTER E AVERY ESTÃO TENDO UM CASINHO! Os dois não conseguiram impedir Pirraça
a continuar gritando feito louco pelo castelo. Harry teve que se despedir
de Íris e ambos prometeram ainda se encontrariam para conversar
em uma melhor ocasião. Pirraça já estava completamente
fora de alcance. Harry correu até a Grifinória, guardando
sua capa da invisibilidade na mala e pegando todo o material necessário
para os estudos de hoje. Desta vez, ele poderia estudar com Cho somente
uma hora, para depois correr para o campo de quadribol e treinar todo
o mês perdido para se preparar pro jogo de sábado. Quando Harry entrou na biblioteca, Cho já estava
o aguardando, com uma expressão bastante séria no rosto. - Desculpe o atraso... - Harry pediu, colocando seus livros
na mesa e sentando ao lado da sextanista da Corvinal. - Eu.. - Você estava com Íris Avery, não
é mesmo? - ela disse, atropelando as palavras do grifinório. Harry ficou sem reação. Como ela sabia disso? - Pirraça esteve por aqui... - ela disse, como
se adivinhasse os pensamentos de Harry. - Ele andou espalhando, se é
que não está espalhando ainda, a notícia de que
encontrou você e ela escondidos, na Sala dos Troféus, namorando... - O quê? - Seja o que for, Harry, vamos estudar. - Cho demonstrava
uma certa raiva por ele, e nem sequer o olhava diretamente em seus olhos.
- Só não vou tolerar que fique se atrasando por causa
de namoros banais por aí. - Cho! - ele virou o rosto dela para que ela o encarasse.
- Eu não estava namorando com Íris. A gente nem sequer
namora! - Você trouxe o seu material de Astronomia? - ela
perguntou, séria, ignorando o comentário dele. - Cho, por favor! - Harry segurou a mão dela. -
Você ainda acredita nessas barbaridades que Pirraça fala?
Acredita mais nele do que em mim? Harry não sabia dizer de onde vinha tanta confiança
para falar daquele jeito. Diante da apanhadora da Corvinal, ele sempre
demonstrava nervosismo. Ele ainda continuou: - Eu não sinto nada por Íris. Você
sabe muito bem... Uma lágrima começou a escorrer pela face
de Cho. Com uma das mãos, ele a enxugou. Cho finalmente sorriu. - Desculpe, Harry. Estou agindo como uma idiota. - ela
disse. Harry estava calmo; o que ele tinha que fazer naquela hora, ele
não havia programado. Não fazia idéia do que estava
por vir, mas apertou firmemente a mão dela. - Uma egoísta
para falar a verdade. - Não diga isso. Você é a pessoa que
está mais me ajudando nesse momento... - Só nos estudos, não é mesmo? - Claro que não! - Harry abriu o livro de Astronomia.
- Mas vamos ao que interessa. Vamos estudar! - Claro! - respondeu Cho rindo. Os dois começaram a ver os nomes de todas as contelações,
e Harry se sentiu mais à vontade com ela neste dia. Começou
a brincar com ela da mesma maneira que fazia com Rony e Hermione, sem
nenhum receio dela não gostar. Estudaram e riram juntos. Os dois
estavam tão próximos um do outro, que Harry teve que passar
seu braço em volta do ombro de Cho para poder ler um mapa do
céu melhor. - Não são permitidos namoros na biblioteca!
- uma aluna da Corvinal se intrometeu no meio dos dois. - Lizandra, saia daqui! - Cho disse, soltando-se dos braços
de Harry. Mais duas outras corvinais acompanhavam Lizandra, e Harry
as reconheceu que eram as mesmas amigas que costumavam acompanhar Cho. - Lembre-se do que o Prof. Snape disse! - a outra garota
disse. - "Namoros não são permitidos em horário
de estudos, Srta. Chang!" - Lizandra falou, imitando a voz do professor
de Poções. - Snape disse isso? - Harry perguntou a Cho. - Ah, ele disse isso na aula de hoje! - a outra amiga
respondeu. - E ainda descontou uns pontinhos da Corvinal por causa disso. As amigas de Cho riram, e todas saíram da biblioteca
quando Cho as expulsou com raiva. Perplexo, Harry disse: - Snape anda.... humilhando você por minha causa? - Esquece isso, Harry... - Esquecer isso? - Harry foi tomado por uma raiva que,
se visse Snape naquela hora, ele não saberia se poderia se conter
em lançar o feitiço de estuporamento nele. - Snape me
humilhando, eu até aceito... Mas você? Cho, ele não
pode fazer isso, ele me paga e... - Harry! - Cho o interrompeu. - Snape humilha qualquer
um, está bem? Ele iria me humilhar mesmo se... - ela corou naquele
instante. - Se... se não tivesse acontecido aquilo... Cho abriu o livro de Astronomia e começou a explicar
todas as constelações básicas e os planetas. Harry
estava com tanta raiva de Snape, que às vezes, se encontrava
xingando alto, o que fazia com que Cho o alertasse. Demorou um pouco
até ele conseguir se concentrar nos livros, mas mesmo assim,
não conseguia parar de pensar no que ele poderia fazer se visse
Snape naquele instante. - Podemos ver a Constelação da Ursa Maior
ao lado da de Lince. - Cho apontava para uma foto do livro de Astronomia
a Harry, que tentava a todo custo, prestar atenção. Se
não tivesse com tanta raiva, seria mais fácil. - A Ursa
Menor fica mais a baixo se vemos através do Hemisfério
Norte. Respirando fundo, Harry voltou a ter calma, e passou o
resto do tempo que ele tinha para estudar melhor. Ele admirou mais uma
vez a apanhadora da Corvinal, e percebeu que a garota era muito inteligente,
talvez se igualando a Hermione. Faltavam dez minutos para as sete, mas Harry se apressou e encerrou seus estudos na biblioteca para seguir para o campo de quadribol. Escoltado por Madame Hooch, os treinos agora eram firmemente vigiados por algum professor. Foi um treino puxado, mas Harry agüentou o tranco. Estava disposto a recuperar a sua forma, depois de tanto tempo parado. * * * - Não sei qual é a sua insistência
em confiar tanto nessa Avery! Rony dizia isso enquanto encurralava o rei de Harry dandoum
xeque. Ainda sem responder, Harry se livrou facilmente dessa jogada,
mas teve a sua rainha perdida em seguida. - Você nunca viu o que ela faz para proteger o irmão
dela? - Harry perguntou. - Não. A única coisa que eu sei é
que o pai dela foi um Comensal da Morte e nada a impede de também
querer ser uma. O Salão Comunal da Grifinória estava vazio.
Já se passava da meia-noite, e apenas alguns alunos do segundo
ano ainda estavam conversando perto da lareira. Hermione abrira seus
livros de Defesa Contra Artes das Trevas e os devorara com tanta altivez
que nem sequer o sono a parava. Mas ela estava bem atenta a conversa
dos dois amigos. - Ela não é uma má pessoa, Rony.
- ela disse, sem desviar o olhar do livro. - Eu conversei com ela algumas
vezes, e foi bastante legal comigo. - Corta essa! - Rony retorquiu. - Na certa, ela ainda
quer converter o irmão. Como ele caiu aqui na Grifinória,
até acredito que ele seja uma boa pessoa. Mas se ele continuar
a andar muito com a irmã, vai ser influenciado. Harry recebeu um xeque-mate de Rony. - Ah, não! - Harry exclamou. - Perdi de novo! - Em vez de ficar jogando xadrez de bruxo, Rony, por que
não estuda para os N.O.M's? - A próxima vez que vez que você me cobrar
por causa desses N.O.M's, Hermione, eu te juro que jogo uma praga pra
você se sair mal nos testes! - Até Harry está estudando! - Hermione buscou
apoio. - Ele está é se encontrando com a Cho Chang,
isso sim! - Ah, é? Harry, como são chamadas as grandes
nuvens escuras ou brilhantes no universo, que são constituídas
por gás e poeira? - Er... Nebulosas? - Harry mais perguntou do que afirmou. - Tá vendo, Rony? - Hermione encarou o amigo. -
Até Harry está estudando! - Eu estudei isso hoje... - Harry tentou se justificar
para Rony. - Seja como for, Rony, devia estudar também. -
Hermione fechou o livro e se levantou. - Se precisar de ajuda, pode
contar comigo. Agora, já está tarde e é bom irmos
dormir. Rony guardou o tabuleiro de xadrez, e Hermione mandou todos os alunos que se encontravam ainda no Salão Comunal deitarem-se. Ela se despediu dos amigos antes de subir as escadas que dão acesso ao dormitório das meninas. Harry e Rony entraram em seu dormitório e não tardou muito para que pegassem no sono. * * * O resto da semana foi cansativa; Harry, além de
ter que assistir todas as aulas e estudar depois delas com Cho, ele
tinha ainda que ir treinar quadribol. Foram dois dias exaustivos, e
ele mal chegava no dormitório e despencava de sono. Ele mal conseguiu
conversar com Rony e Hermione, que ele via agora, que estavam estudando
juntos. No final de semana, Fred puxou ainda mais o treino. Harry
teve que se esforçar mais, e Alicia, Katie e David armavam uma
nova formação de ataque. Ícarus também estava
se esforçando muito, e Harry percebeu que seu desempenho caíra
um pouco. No vestiário, ele tinha visto uma faixa envolta de
seu braço, no mesmo lugar que ele tinha visto o sangue escorrer
noutro dia no Salão Comunal. No domingo à tarde, Harry havia combinado com Cho
de estudarem juntos depois dos treinos. No vestiário, ele rapidamente
tomou banho e se arrumou, colocando umas roupas velhas que ganhara de
seu primo. Eram grandes e largas, mas ele não tinha outra opção
a não ser usá-las. - Como vai a sua namorada, Harry? - Jorge, sentando ao
lado de Harry no banco do vestiário, perguntou. - Cho não é minha namorada... - Harry respondeu
aborrecido. - Cho? - Fred surgia, colocando uma camisa vermelha, estampada
um enorme "F" na frente. - Já brigou com a Avery? Harry quase se perde no meio da blusa de Duda, enquanto
colocava. - Avery? - Harry disse, espantado. - Quem disse que eu
estou namorando com a Avery? - É, Ícarus! - Fred gritava em direção
aos boxes dos chuveiros. O goleiro da Grifinória tomava banho
naquele instante. - Acho que Harry não é mais o seu cunhado! Os gêmeos caíram na gargalhada. Ícarus
não disse nada, e Harry tratou de sair no vestiário antes
que o irmão de Íris viesse lhe falar alguma coisa. O restante do domingo foi sossegado, se não fosse,
antes do jantar, ele ter encontrado com Draco em um corredor do castelo.
Logo atrás dele, estavam Crabbe e Goyle, cada vez maiores e mais
gordos. - Vai se encontrar com a Avery, Potter? - Draco perguntou,
lançando-lhe um olhar de desdém. - Por que haveria de me encontrar com ela? - Ah, claro! - Draco contorceu seus lábios. - Hoje
é dia de você se encontrar com aquela apanhadora da Corvinal.
É só amanhã que você se encontra com a Avery... Harry cerrou os punhos. - Não vamos atrapalhar os compromissos do famoso
Potter. - Malfoy disse. Crabbe e Goyle soltaram risadinhas infelizes.
- A agenda dele deve estar muito lotada, e por isso, vamos deixar Potter
se encontrar com a namorada de domingo. Draco passou por Harry rindo ironicamente. Por pouco, Harry não teria arrumado mais uma briga com ele ali. Tentando se acalmar, ele caminhou até o Salão para jantar, e só conversando com Rony e Hermione, ele pôde esquecer os desaforos de Malfoy. * * * Pirraça não parava de passar pelos corredores
e gritar sobre o falso namoro de Harry com Íris. Cada vez mais,
Harry era importunado com comentários desgostosos. Os grifinórios
não paravam de brincar com isso, e toda vez, Harry era motivo
de alvoroço no Salão Comunal. - E aí, Harry? - Dino o cumprimentou. - Como anda
a sua namorada, a monitora da Sonserina? O pior disso tudo foi quando Harry viu Colin, correr atrás
de Íris e perguntar para ela se podia tirar uma foto do casal
mais comentado de Hogwarts. Harry teve pena de Cho, pois ela era motivo
de piada para a sua casa, agora que Harry só era comentado como
namorado de Íris. Várias vezes Harry perguntou a Cho se ela queria
parar de estudar com ele; não era certo a garota passar por tudo
aquilo sem ter feito nada. - Pára de se preocupar com essas bobagens, Harry!
- ela respondeu. - Deixe os outros falarem o que quiser. Eu sei que
nada disso é verdade! Na quarta-feira, Harry conseguiu uma certa estabilidade
emocional. Ele já não se abalava tanto com o que as pessoas
diziam a seu respeito, e várias vezes, ele ignorava tudo aquilo
que acontecia. Não ficava mais com raiva de ninguém. Harry até esqueceu da raiva que sentiu pelo professor
de Poções quando soube que este estava importunando Cho
também. Mas a sua raiva voltou na mesma hora, quando na aula
de Poções daquela semana, Snape disse a Harry: - Espero que esteja realmente estudando, pois pelo que
vejo na sua poção, ela continua muito espessa. - Harry
olhou para dentro do seu caldeirão e chegou a conclusão
que ela estava era líquida demais. - Mas acho que está
ocupando demais o seu tempo com as suas duas namoradas. O pessoal da Sonserina caiu na gargalhada. Draco estreitou
os lábios e demonstrou raiva quando olhou para Íris, que
estava sentada no canto da sala, como sempre. - No entanto, a Srta. Avery está conseguindo preparar
muito bem a sua poção. - Snape encarou a monitora da Sonserina.
Depois, voltou a olhar para frente, visualizando Harry. - Talvez devia
inverter os papéis, Potter. Devia começar a estudar com
a Srta. Avery e passear com a Srta. Chang. Íris lançou um olhar de puro veneno ao professor.
A sorte, era que ele não viu. Mas Snape continuou a fazer esses
comentários desagradáveis durante o resto da aula, e Hermione
teve que segurar no seu braço para impedir que ele tentasse alguma
coisa. Íris também pedia, apenas com o olhar, para não
fazer nada. Harry teve que se conter e muito, principalmente quando
dez pontos foram descontados da Grifinória por Harry estudar
com a pessoa errada. O restante das aulas foram tranqüilas; na quinta-feira
eles tiveram uma aula de Astronomia extremamente boa. Na sexta-feira
de manhã, durante a aula de Adivinhação, Harry
inventou uma mentira deslavada sobre o seu fim e ganhara pontos por
isso. Em compensação, as aulas de Defesa Contra
Artes das Trevas foram praticamente insuportáveis. Lies estava
pior do que Snape, e tirava pontos de todas as casas por qualquer coisa.
Harry desconfiou que ela tinha brigado com o professor de Poções,
e sua teoria foi ainda mais confirmada quando ele vira durante as refeições
que os dois mal se falavam. No sábado de manhã, todos os alunos acordaram
cedo e estavam dispostos a assistirem a partida da Grifinória
contra a Corvinal. Desde aquele atentado dos Comensais, Hogwarts não
teve nenhum jogo de quadribol. - Onde está Ícarus? - Harry perguntou a
Fred. - Ele estava se preparando. Disse que chegaria a tempo
para o jogo, mas não estava com vontade de tomar café. A Profa. McGonagall levantou-se da mesa dos professores
e pediu silêncio. Lies teve uma recaída, e Snape a ajudou
a se retirar. Harry se perguntou o que estava acontecendo, mas todos
os professores pareciam um tanto agitados. Flitwick saiu do Salão
às pressas, e o Prof. Vector mal esperou o anúncio de
Dumbledore e se retirou também. Harry teve um pressentimento
horrível. E ele se confirmou, quando Dumbledore deu a terrível
notícia. - Lamento informar a todos, mas o jogo de quadribol de
hoje está cancelado! Os uivos saíram principalmente das mesas da Grifinória
e da Corvinal. Harry ouviu Fred exclamar alguma coisa muito feia, e
até Katie e David demonstraram um vívido desapontamento.
Cho bateu na mesa e quase se levantou para protestar. Dumbledore teve
que gritar para impor ordem novamente: - Apenas peço para que todos os monitores conduzam
os alunos de sua casa de volta aos Salões Comunais. E que fiquem
por lá até uma ordem maior. Cada casa terá um professor
vigiando a sua entrada. - O que aconteceu? - Harry perguntou a Rony e Hermione. - Não sei, Harry! - Hermione respondeu, com um
ar de importante. Ela se levantou e mandou todos que estavam na mesa
da Grifinória fazer o mesmo. - Vamos, sigam-me todos os alunos!
Harry também saiu bufando, como o resto do time
de quadribol. Os alunos também estavam inconformados, e queriam
saber o que estava acontecendo. Nenhum professor quis dizer qual era
o verdadeiro motivo, e mandou todos se apressarem. Subindo as escadas, eles passaram pelo corredor do terceiro
andar. Harry lembrou que era ali onde estivera "Fofo", o cão
de três cabeças, guardando a pedra filosofal, durante o
seu primeiro ano. Estava escuro por lá, mas Harry teve uma estranha
sensação quando olhou mais atentamente para o fundo dele.
Ele parou no caminho, e quem estava atrás dele, desviou e continuou
a subir. Rony, que estava com Mione, nem prestou atenção
no que aconteceu. Harry olhou com mais perspicácia, e assim que ele
pisou naquele local onde antes era proibido, sua cicatriz ardeu. <<Voltar para o capítulo anterior *§*YuMi
DeAth*§* |
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