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Capítulo 31 - Difícil despedida Harry não pregou os olhos durante a noite. Rony
pareceu preocupado com o amigo, mas tratou de não incomodá-lo
enquanto ele estivesse com a cabeça quente. Os alunos do sétimo
ano, naquela madrugada estariam recebendo os seus diplomas, e comemorando
o seu último ano em Hogwarts. Harry ouviu quando todos eles entraram
no Salão Comunal, lá embaixo, mas não se sentia
com vontade de dar uma espiada. Na manhã seguinte, todos os alunos começaram
a arrumar as suas malas. À noite, eles teriam a festa de encerramento
e a entrega da Taça das Casas. Harry também arrumou rapidamente
a sua mala, e pela primeira vez em sua vida, sentia-se feliz em sair
de Hogwarts. Ele não agüenta mais olhar para a cara de
Íris; naquela tarde, ele tinha a visto andando com Malfoy novamente,
e se Hermione não tivesse segurado o seu braço, ele teria
estourado a cara dos dois. - Harry. - Hermione disse, enquanto os dois desciam para
o almoço. - Não acha que está... exagerando demais? - Exagerando no quê? - Harry resmungou. - Você está sedento de ciúmes. Harry encarou a amiga. - Eu nunca vi você agir assim com Cho. - ela disse.
- Ano passado, que eu saiba, você não sentiu tanta raiva
assim por Cedrico, quando ele acompanhava Cho no Baile de Inverno. Agora,
com Íris... - Por que eu teria ciúmes de Íris? Eu não
sinto nada por ela... - Mas... se não sente nada por ela... percebeu
que desde ontem, você pensa mais nela do que em Cho? Harry calou-se. Era verdade; a noite toda passara em claro
pensando em Íris. Com raiva, mas não a tirou de seus pensamentos. - Besteira! - Harry exclamou. - Eu apenas estou aborrecido
com ela. Aborrecido e decepcionado. Ela não precisava ter agido
daquela maneira, só porque... - Harry, se me permite perguntar... - Hermione coçou
o queixo. - Você quem deu o beijo em Cho ou foi ela que deu em
você? - Que diferença isso faz, agora? - Responda, por favor. - Eu que a beijei. - Harry respondeu, querendo saber aonde
Mione queria chegar. - Mas por que... - E por acaso... - Hermione ficou de frente com Harry.
- Você tinha visto Íris antes de beijar Cho? Harry calou-se. Na verdade, ele tinha a visto sim. E só
foi por causa disso que ele puxou Cho e deu um beijo nela. Hermione tinha um olhar vitorioso. Harry esgueirou seu
olhar, mas não queria admitir que a amiga estava certa. - Vamos almoçar? - ela quebrou o silêncio. Os dois desceram para o almoço, e Harry estava tão atônito com tudo que aconteceu que, não pôde deixar de olhar para Íris, na mesa da Sonserina. * * * Descendo às masmorras, Harry decidiu fazer um último
apelo para a Profa. Lies. Ela nem sequer compareceu ao almoço
daquele dia, e ele ficou um pouco preocupado se ela já teria
partido. Chegando perto da sala da professora, Harry percebeu que
a porta estava entreaberta, e que vozes conhecidas vinham de lá
de dentro. - Você está mais segura aqui em Hogwarts
do que em qualquer outro lugar! - a voz de Snape ressoou do lado de
dentro da sala. Harry encostou-se na parede, a fim de escutar a conversa. - Em nenhum lugar eu estou segura, Severo. - Lies respondeu.
- Eu pensei que estava segura aqui. Dumbledore pensou isso. E veja no
que deu... Por causa disso, Voldemort agora tem todo o seu poder de
volta. - Ele não precisa mais de você, Kehara. - Por isso mesmo. Ele deve achar que está na hora
de me descartar. Virá atrás de mim para me matar. Ele
sabe que eu possuo os mesmos conhecimentos que ele, e se eu chegar a
combatê-lo... - Você não pode fazer isso sozinha. - Harry
ouviu Snape socar a mesa. - Se ele a controlar de novo... - Por isso estou querendo me encontrar com a minha mestra...
Só ela, pode me orientar mais uma vez, para que eu tenha força
suficiente de impedir que Voldemort me controle outra vez. - Hogwarts vai ficar sem ninguém outra vez para
que possa ensinar aos seus alunos Defesa Contra Artes das Trevas... - Essa é a sua chance, Severo. - Harry teve impressão
de que Lies sorrira. - O cargo que você tanto deseja está
livre novamente. Um silêncio profundo pairou na sala da professora
de Defesa Contra Artes das Trevas. - Eu quero que você fique. - Snape disse firmemente.
- Não fique porque Hogwarts precisa de uma professora de Defesa
Contra Artes das Trevas, mas por que eu não quero que vá
embora. Harry ouviu passos. Esgueirando-se um pouco, ele observou
através da fresta da porta que Kehara acariciava o rosto de Snape. - Eu devo tudo a você, Severo. - ela declarou. -
E, embora eu tenha me demonstrado ingrata todos esses anos, sempre me
senti em dívida com você. Se não fosse por você,
eu estaria agora, do lado de Voldemort, matando diversas pessoas e me
divertindo com isso. Obrigada, Severo, por tudo. Mas agora, está
na hora de eu tomar as minhas decisões sozinha. De caminhar sozinha.
De combater sozinha. Jamais me esquecerei do que fez por mim. Harry sentiu então, uma mão em seu ombro.
Assustado, ele encontrou Lupin sorrindo para ele, com o dedo indicador
encostado em seus lábios, pedindo silêncio. Lupin aproximou-se
da porta e deu três batidinhas de leve. Houve um movimento de
dentro da sala, antes que Lies dissesse: - Entre! Lupin entrou, e puxou Harry junto. A sala estava completamente
vazia, e Lies pegou uma das malas que estavam no chão. A claridade
fraca da sala parecia mais forte, agora que não tinha mais nada
por ali. Snape crispou os lábios ao ver Harry, e ficou com mais
ódio ainda quando Lupin se aproximou de Lies, para dizer: - Dumbledore mandou você comparecer à sala
dele antes da cerimônia de encerramento. - Eu já estou indo para lá, Remo. - ela
respondeu. Então, virou-se para Harry. - O que está fazendo
aqui, Potter? Harry olhou para Snape. Depois, encarou a professora: - Vim pedir para que fique aqui em Hogwarts. Lies ficou perplexa. Snape pareceu confuso com o pedido
de Harry. - Potter... eu já disse que eu... - Não peço somente por mim, professora.
- Harry olhou para Snape novamente. - Mas todos os alunos aqui de Hogwarts
precisam de alguém como você para lhes ensinar a se defender
contra as Artes das Trevas. Só você pode isso, professora.
Lies largou a mala que estava segurando. Silenciosa, ela
abaixou a cabeça. Ninguém da sala se pronunciou. Até
que... - Sinto muito, Potter. - Lies disse, se retirando da sala.
- Mas hoje mesmo, eu partirei. Lies se retirou da sala, deixando Harry, Snape e Lupin
por lá. Snape, que não desgrudou os olhos de Lies, correu
atrás dela. Harry, sem saber mais o que fazer, se jogou em uma
das cadeiras da sala, e Lupin ficou apenas observando. - O senhor vai ficar no lugar dela, professor? - Harry
perguntou. - Não, Harry. - Lupin respondeu. - Os bruxos ainda temem os lobos... * * * Na cerimônia de encerramento, Harry não encontrou
Lies no seu lugar. Snape voltou a ter a mesma expressão de desprezo
por todo mundo. Devia estar descontente com a partida de Lies, e Harry
temeu só de pensar que ele poderia descontar tudo nas aulas de
Poções do ano que vem. Voldemort ainda não aparecera para ninguém,
e isso tranqüilizou um pouco mais os bruxos. No entanto, era decerto
que o Ministério todo estava atento, e Dumbledore reforçara
ao máximo a sua segurança na escola. A decoração em vermelho e dourado anunciava
que Grifinória havia ganhado o campeonato das casas. Harry não
sentia a mesma alegria em comemorar essa vitória do que as outras
vezes; ele pensava no que poderia acontecer dali pra frente. Dumbledore não deu nenhum aviso sobre Voldemort
como fizera ano passado; talvez ele também temesse que a reação
dos alunos seria muito pior do que ano passado, quando ele proclamou
o retorno do Lord das Trevas. E ainda mais, depois de tantos ataques
no ano. É claro que, a maioria tinha conhecimento apenas do ataque
dos Comensais no jogo de quadribol. Ninguém desconfiava de que
Harry e Hermione tinham sido atacados no meio da estrada, de que Harry
viu Avery, o pai de Íris, querendo levar Lies para a fortaleza
de Voldemort, na biblioteca, e muito menos, sobre a vez em que Harry
novamente se viu de frente com seu arquiinimigo. Mas faziam mais de
dois meses que isso aconteceu, e Dumbledore estava mais do que desconfiado
desse silêncio impetuoso de Lord Voldemort. Afinal, ele se recuperara
totalmente, e tinha a mesma força, talvez superior, daquela que
tinha nos tempos que em os pais de Harry eram vivos. Na manhã seguinte, Harry teve o ímpeto de
falar com Íris, na estação de Hogmeade. Ele andou
pensando bem de como tratara a monitora da Sonserina, mas ao mesmo tempo,
refletiu de como ela o tratou também. Será que ela também
sentia ciúmes por ele ter ficado com Cho? Antes de subir no trem, Harry avistou Cho conversando
com algumas amigas. Ele se aproximou dela, e pediu para conversar com
ela em particular. - Acho que vamos ficar dois meses sem nos ver, não
é mesmo? - Cho disse. - É. - Harry respondeu, desajeitado. - Mas... podemos
nos corresponder... quero dizer... por cartas... - Claro! - ela sorriu. - Eu vou pegar o vagão lá
de trás, por causa das minhas amigas. Caso a gente não
consiga se ver na Estação King Cross, eu queria me despedir
de você. Cho se aproximou de Harry, e ela, que era um pouco baixinha
em relação a ele, teve que ficar nas pontas dos pés,
para beijar a sua bochecha. - Tchau, Harry! Cho saiu correndo em direção as amigas,
deixando Harry perplexo e sem falas. Ele observava a apanhadora da Corvinal
subir no último vagão do trem, e acenou para ela. Nesse
instante, ele viu Íris o encarando com raiva. Ícarus tinha
acabado de subir no trem, e chamava a irmã. Harry pensou em falar
com ela, mas Malfoy chegou antes e, para a surpresa de Harry, Íris
o puxou pelo braço, dizendo: - Vamos, Draco. Vamos conversando no caminho até
a estação... Íris não tirou os olhos de Harry quando
disse isso a Malfoy. Com raiva, Harry subiu no vagão do trem,
decidido a não falar com ela. - O que houve, Harry? - Mione perguntou. Ela estava sentada
ao lado de Rony, que detonava um pacote de feijõezinhos de todos
os sabores. - Nada. - ele respondeu, sentando-se no banco da mesma
cabine que eles. Fred, Jorge e Lino entraram na cabine e desafiaram-nos
para uma partida de snap explosivos. - Nosso último ano em Hogwarts! - Lino dizia a
Fred e Jorge. - Vocês já imaginaram o que vão fazer
agora, que são bruxos formados? - Temos nossos planos. - Fred respondeu, olhando para
Harry. Todos se divertiram muito durante o resto da viagem. Até
Harry, que estava com raiva de Íris, tinha melhorado o seu humor
com as piadas dos gêmeos e de Lino. Eles chegaram a Estação King Cross de bom
humor. Não tiveram problemas em voltar as plataformas nove e
dez. Harry tentou procurar Íris, mas não a encontrou.
Nem teve sinal de Cho, o que o fez lamentar muito por isso, mas prometeu
a si mesmo que escreveria a ela nessas férias. - Eu escreverei a vocês. - Mione dizia, enquanto
avistava os seus pais. - Provavelmente, eu não poderei passar
as férias com vocês. Acho que vou viajar. - Viajar para onde? - Rony perguntou. - Não sei. Meus pais vão tirar férias
no mês de julho, e eu vou aonde eles quiserem ir. - Boa viagem! - Harry desejou a amiga, mas descontentando-se
ao ver seus tios o esperando na plataforma. - E tomem cuidado... - Você deve tomar mais cuidado, Harry... - Rony
disse. - Você-Sabe-Quem... - Quando Voldemort conhecer meus tios e meu primo, ele
vai querer é ficar bem longe de mim... Rindo, ele foi de encontro aos seus tios. Ele sabia que
deveria tomar o máximo de cuidado a partir de agora. Ou Voldemort
acabaria com ele. FIM... do quinto ano de Harry! ^^ <<Voltar para o capítulo anterior *§*YuMi
DeAth*§* |
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