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Capítulo 2 - Ataque na estrada Hermione conversava com Harry animadamente durante a viagem; também estava empolgada para voltar para Hogwarts. - Harry, conseguiu terminar a redação do
Snape? Harry já esperava que a amiga fosse pegar no seu
pé. Afinal, ela se preocupava muito com os garotos, em relação
aos estudos. - Bem, estou terminando... - É melhor você se apressar, afinal, Snape
não vai deixar barato! Qualquer erro, você sabe que a sua
nota vai ser descontada! - Acalme-se, Mione... Eu termino ela na casa do Rony... - Lembre-se que esse ano, nós iremos prestar os
N.O.M.s! Os N.O.M.s (Níveis Ordinários de Magia)
eram provas aplicadas em Hogwarts para testar o conhecimento de magia
dos alunos. Todos da escola prestam esse exame no seu quinto ano. - Bem, pessoal. - o Sr. Granger havia parado o carro em
frente a uma loja de conveniência. - Vamos dar uma parada para
tomarmos um lanche! Harry, você já tomou café? - Bem... já... - Harry mentiu, embora não
tenha convencido o pai de Hermione. Na verdade, dispensara o café
da manhã; comeu alguns pedaços de bolo que sobraram de
aniversário. Mas agora tinha percebido que a sua barriga roncava
de fome. - Mas vejo que não comeu o suficiente! - o pai
de Hermione disse, enquanto abria a porta do carro e saía. -
Vamos tomar um café da manhã. Eles desceram e entraram na loja, se dirigindo para uma
mesa vaga. Foi o melhor café da manhã que tivera depois
de dois meses: pôde comer pãezinhos de queijo, bolinhos
de carne, batatas fritas, tudo quanto é salgado e doce, além
da salada de frutas completa e os sucos naturais. No final, o sr. Granger
teve que pagar a conta; Harry prometeu que iria pagar depois. Seus bolsos
continham algumas moedas de galeões, e ele achou que isso não
serviria para pagar. Harry e Hermione tiveram que ir ao banheiro depois para
escovar os dentes; os pais de Hermione insistiram nisso, mesmo que os
dois dissessem que iriam cuidar dos dentes assim que chegasse na casa
dos Weasleys. - Como você consegue ler dentro do carro, Mione?
- Harry perguntou. - Isso dá dor de cabeça! - Eu sei, Harry... - ela dizia, sem tirar os olhos do
livro. - Por isso que eu corro os olhos pelas fotos e pelas escritas.
Assim não tem problema. As ruas corriam rapidamente agora; eles tinham chegado
no fim da cidade e estavam entrando na estrada deserta. Sabiam que a
casa de Rony ficava num ponto isolado, e estava realmente ficando cada
vez mais deserto conforme eles avançavam. Os quatro estavam em silêncio agora; de vez em quando,
Harry virava para a amiga e via que esta ainda tinha o livro aberto
nas mãos; outrora, ele virava para a janela e via o deserto de
terra ao seu lado; algumas árvores passavam correndo, e ele podia
ver montanhas verdes bem mais adiante. Começava a reconhecer
o lugar: foi aquela montanha que escalou atrás da Chave do Portal
que o levava para a Copa Mundial de Quadribol do ano passado. Agora,
sua mente percorria os lances daquele jogo da Bulgária contra
a Irlanda; a fita de Wronski de Krum e a vontade de tentá-la
o animavam bastante, e fazia com que a sua vontade de jogar quadribol
crescesse. Respirou fundo, e fechou os olhos, a fim de relembrar
todos os lances da Copa. Foi nesse momento em que sentiu a sua cicatriz
arder. O carro brecou tão de repente que, se Harry estivesse
sem cinto de segurança, certamente teria parado no vidro da frente.
Ele abriu os olhos e viu que não era mais de dia; o céu
estava escurecido, e uma grande nuvem cinzenta formava em sua volta.
Hermione estava com a respiração presa.
Segurava seu livro com força, enquanto observava por todos os
lados. Seus pais estavam imóveis. - O que está acontecendo? - ela perguntou para
Harry, no momento em que este colocava a mão sobre sua cicatriz,
que ardia mais do que nunca. - Voldemort... - Harry conseguiu murmurar. A última
vez que sentiu essa pontada em sua testa foi quando enfrentou o Lord
das Trevas no ano passado, cara a cara. Sentia que ele estava por perto.
- Quem... quem são eles? - gaguejou o sr. Granger,
apontando para algumas sombras que estavam avançando em frente
do carro. Neste instante, Hermione tirou o cinto e ergueu-se para
frente, para conseguir reconhecer as sombras. Eram seres totalmente
cobertos com capas pretas e usavam máscaras; eram parecidíssimos
com os Comensais da Morte que apareceram na Copa Mundial de Quadribol
do ano passado. - Harry! - cutucava a garota, que não tirava os
olhos das sombras mascaradas. - São... Comensais! Harry, que estivera com a cabeça baixa devida a
dor de sua cicatriz, ergueu o seu rosto para enxergar as sombras. Estava
escuro, e sua visão era embaçada. As nuvens cinzas se
intensificaram, e o céu já estava totalmente negro. Mas
ele pôde distinguir que uns três Comensais da Morte estavam
se aproximando. Cada vez que eles chegavam mais perto, sua cicatriz
ardia mais. O pai de Hermione segurava firme o volante, embora o carro
estivesse desligado. Em poucos segundos, a Sra. Granger não conseguiu
mais encarar aquilo, e desmaiou, sentada no banco da frente. Hermione parecia não ter percebido o desmaio da
mãe, mas mesmo assim, estava horrorizada. Não passava
nenhum carro e não havia ninguém por perto; parecia que
eles tinham se transportado por outra dimensão. Num momento súbito,
ela abriu a porta do carro e saiu, ficando de frente com os Comensais.
- Hermione, não! - Harry gritou. O sr. Granger também gritava apavorado para a filha
voltar, e ele acabou saindo do carro, afim de protegê-la. Vendo
isso, Harry não podia ficar parado; ele juntou todas as forças
que tinha e saiu do carro também. Sentia que sua testa ia se
rasgar no meio, mas ele foi até o lado de Hermione e colocou
a varinha em punho, assim como a amiga, que já estava preparada
para atacar. Ela estava sendo abraçada pelo pai, mas ela conseguia
focalizar o alvo; em poucos instantes, ela iria soltar algum feitiço
pra cima deles. Eles se aproximavam agora lentamente, e Harry tremia.
Quando ele já ia soltar um feitiço qualquer, ele viu um
clarão de luz cegar seus olhos; Hermione também os fechou
com força, assim como seu pai. Quando Harry abriu os olhos, viu que dois Comensais recuaram.
O terceiro ainda tentava avançar; Harry viu a mão de metal
sobressair de dentro da capa negra do Comensal. Reconheceu imediatamente
quem era: Rabicho. - Você?! Rabicho encarou o garoto. Estava usando máscara
também. Ele tentou avançar com sua mão metálica
em Harry, que agora estava gritando de dor, mas uma coisa o impediu.
Era como se uma barreira estivesse entre eles e, quando Rabicho a tocou,
um clarão de luz se formou, chegando quase a cegar os seus olhos.
Harry olhou para os lados e viu a estrada deserta e o
sol radiando no céu azul e limpo. Sua cicatriz já não
emitia nenhuma dor. Era como se tudo estivesse voltado ao normal. O
sr. Granger olhava incrédulo para todos os cantos, se sentindo
um tanto incomodado com a situação. Foi quando ele deu
conta que sua esposa estava desmaiada no carro e correu até lá
para acudi-la. Hermione olhou ofegando para o amigo, que suava frio.
Eles se encaravam por um momento, até que ela quebrou o silêncio: - Eram realmente... os Comensais da Morte? - Talvez... - Harry respondeu, ainda ofegando um pouco.
- Mas... o que foi que aconteceu? - Eu não sei... - ela disse. Depois olhou para
os pais dentro do carro. Caminhou até eles, e os chamou para
fora. Sua mãe já estava consciente, embora achasse que
tinha tido um pesadelo. Harry apenas a observou, não se atrevendo
a sair do lugar. - Pai, mãe... - Hermione agarrou a varinha com
toda a força, enquanto encarava os pais assustados, que esperavam
o que a filha iria dizer. Harry olhou para Hermione. Ele ainda arfava de cansaço
e susto, e não tinha forças para se mexer. Apenas observava. - Obliviate! - Hermione gritou, e alguns lampejos
de luzes lançaram-se da ponta de sua varinha em direção
aos seus pais. Harry, arregalando os olhos saiu correndo até
a amiga, inesperadamente. - O que pensa que está fazendo, Hermione? - o garoto
indagou desesperado, enquanto via os Granger paralisados, com olhares
dispersos. - Não posso deixá-los que se lembrem disso...
- ela dizia, ainda apontando a varinha para os pais. - Não é
o tipo de experiência que eles queriam guardar. E depois, eles
ficarão preocupados comigo, enquanto eu estiver em Hogwarts.
- Você nunca usou esse feitiço contra alguém,
Mione! Como você sabe que isso não afetará a mente
deles? - Confie em mim, Harry. Confie em mim. Confiar em Hermione. Harry confiava. No entanto, os olhares
vazios e distantes dos pais dela estavam assustando-o. Um feitiço
de memória como esse requer muita experiência; e Harry
não se lembrava de ter aprendido isso no ano passado. - Tem certeza de que eles ficarão bem, Mione? - Claro, Harry. Eles são meus pais, acha que eu ia usar um feitiço que acabasse com a vida deles? * * * Harry e Hermione apoiaram-se no capô do carro. Os
pais dela ainda continuavam paralisados, e Hermione estivera dizendo
para eles esquecerem tudo que aconteceu desde que saíram da loja
de conveniência. Harry ainda estava curioso, e resolveu perguntar para
a amiga, ao mesmo tempo em que observava o céu e o deserto da
estrada: - Aonde você aprendeu a executar o feitiço
de apagar memória, Mione? - Estudos, Harry! - ela dizia tranqüilamente, tornando
a abrir o livro. - Se o Ministério pegar a gente... - Estamos perto da casa de Rony, e não tem o porquê
eles implicarem com a gente. Se realmente o Ministério resolver
reclamar, a gente reclama pela falta de segurança. Eles deixam
os Comensais circularem livremente pelas estradas para saírem
atacando todo mundo e nós é que temos culpa? Ele encarou a amiga, e ignorou o que ela acabara de dizer.
Certificando-se de que os pais de Hermione ainda não estavam
conscientes, ele tornou a dizer: - Por que aconteceu aquilo? Por que eles não conseguiram
atacar a gente? - Eu não sei, Harry. Eu vi que existia uma barreira
entre nós que impedia a ação deles. - Rabicho estava entre eles! - Como você sabe? Eles estavam mascarados! - A mão dele... Harry contou a ela o que tinha acontecido quando encarou
Voldemort pela última vez; o sacrifício de Rabicho, seu
sangue que ia escorrendo para ressuscitar seu mestre, e o prêmio
que ele recebeu depois de tudo isso: a mão metálica, que
o dava uma força excepcional. - Isso é horrível, Harry! Temos que informar
o prof. Dumbledore sobre isso e... - Ele já sabe... em relação ao Rabicho,
pelo menos... - Mas ele precisa saber sobre esse ataque na estrada!
Não foi ilusão sua, pois eu também vi e senti.
E não fui só eu, como também meus pais! Hermione tinha razão. Seria sensato se ele escrevesse
a Dumbledore? Por um momento, pensou em Sirius. E decidiu que também
tinha que avisá-lo. - Vamos, Harry! - Hermione puxou o seu braço em direção ao carro. - Meus pais já estão voltando ao normal. Discutiremos isso na casa do Rony. * * *
Harry e Hermione permaneceram em silêncio no banco
de trás. Estavam assustados também, e se sentiam bastante
receosos no decorrer da viagem. Eles olhavam para fora, à procura
de alguma coisa estranha inúmeras vezes. Tão preocupados
com Comensais da Morte que poderiam surgir do nada que nem perceberam
já estavam de frente à Toca. - Chegamos! - o sr. Granger avisou. Harry olhou para fora e pôde ver a Toca; uma casa torta, que logo se via que era sustentada por magia. Havia um letreiro na frente, escrito A Toca. Ali era a casa de Rony e de sua família. Gostava muito de lá; era tratado como se fosse um Weasley também. - Olá, sra. Weasley! - o sr. Granger já
havia estacionado no jardim. Ele saiu do carro e cumprimentou-a, fazendo
o mesmo com os gêmeos e com Rony. - Espero que minha filha não
dê nenhum trabalho! - Imagine! - ela sorria. Molly abraçou Hermione
e Harry, cumprimentando-os, enquanto Fred e Jorge ajudavam a retirar
as bagagens. - Hermione não deu trabalho nenhum no ano passado
e garanto que este ano também não dará! Muito pelo
contrário! A mãe de Hermione também saíra do
carro e cumprimentava a todos. Logo em seguida, eles partiram, deixando
sua filha ali e desejando boas férias. - Bem... - a sr. Weasley falava para todos, quando o carro dos Granger não eram mais avistados. - Vamos entrar. - e virou-se para Rony. -Rony, leve Harry até seu quarto, enquanto Fred e Jorge carregam as malas. Hermione, - ela sorria para a garota. - Gina está lá dentro tomando café. Vá lá falar com ela!
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DeAth*§* |
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