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Capítulo 24 - Dentro da Grifinória Harry chegou tão de repente na mesa da Grifinória
que muitos alunos se assustaram. Rony e Hermione estavam de frente para o outro. Ao lado
de Rony, estavam Neville e Simas, que discutiam diversas coisas, principalmente
a respeito dos N.O.M's, que Mione ainda não tinha perdido o costume
de cobrar os estudos de todos. Harry empurrou Neville para o lado, pedindo licença
apressadamente. Ele sentou ao lado de Rony e por alguns segundos, arfava
de cansaço. Hermione estava paralisada, olhava atentamente para
Harry, que estava com a mão no peito, puxando o ar com dificuldade. Porém, nenhum dos dois se atreveu a perguntar o
que se passava; eles tiveram que esperar Harry recuperar o fôlego
para saber o que tinha acontecido. Isso demorou quase um minuto, o que
pareceu uma eternidade. Harry olhou para os dois e depois, percebeu
que não era apenas eles que esperavam explicações:
do seu lado, Neville, Simas, Dino, Parvati e Lilá permaneciam
em silêncio, atenciosos a alguma fala que ele pudesse pronunciar.
Percebeu o quanto esteve agindo mal com todos seus amigos, e se arrependeu
pelos últimos meses não ter dado muita atenção
a eles. Harry inclinou-se mais pra mesa, e esperou com que este
gesto, Rony e Hermione fizesse o mesmo, para ouvir o que ele tinha a
dizer. Mas nada aconteceu; ambos continuavam rígidos em suas
posições. Harry então, percebeu que ele só
tinha uma coisa a fazer: - Desculpe, pessoal. - ele disse, pensando quantas vezes
neste ano ele pedira desculpas para alguém. Demorou um pouco para a mesa da Grifinória voltasse
ao normal. Neville e Simas bateram de leve nas costas de Harry, dando
a entender que ele estava perdoado. Dino, Lilá e Parvati sorriram
para ele e, logo em seguida, continuaram a conversar como estavam antes. Assim que se sentiu livre de ser o centro das atenções,
Harry virou para Rony e Hermione. Baixinho, ele disse para os amigos: - Recebi a resposta que eu espera desde o início
do ano letivo! Os olhos dos dois arregalaram. Rony cochichou: - Do seu... padrinho? - É. - Harry bateu no perito, indicando que a carta
estava ali. - Se vocês quiserem ler, sugiro que a gente vá
ao Salão Comunal agora, aproveitando que todos estão ainda
jantando. Rony e Hermione rapidamente levantaram-se e seguiram Harry. Os três saíam correndo, e eram acompanhado pelos olhares de todos os professores, principalmente de Severo Snape. * * * No caminho até a Grifinória, os três
permaneceram em silêncio. Somente quando chegaram até o
retrato da mulher gorda que Harry teve que abrir a boca para falar a
senha. Chegando no Salão Comunal, eles se acomodaram no
sofá, e Harry retirava cautelosamente o envelope de dentro do
bolso. Rony e Hermione apenas observavam, e esperavam ansiosamente pelo
que vinha. Hermione pegou a correspondência e leu, acompanhada
com Rony, que estava ao seu lado. Harry esperou eles terminarem, para
então, perguntar: - E então? Hermione lançou um olhar sério para Harry.
Rony parecia mais confuso do que antes, e também não disse
nada. - Harry... - Hermione dizia, voltando a observar a carta.
- Você não acha isso... estranho? - Estranho? Sim, eu acho. O mais estranho é que
ele não queira que eu responda a ele. - Ele está em Azkaban, Harry. - disse Rony. - Seria
estranho se alguma coruja conseguisse chegar até lá. - Não quis dizer isso. - interpôs Hermione,
sem tirar os olhos da carta. - O que eu quero dizer é: como Sirius
escreveu para você? Se ele realmente está em Azkaban, acho
meio impossível que os dementadores forneçam um pedaço
de papel e uma pena de tinta para os prisioneiros escreverem uma carta
e mandá-las aos seus parentes. Harry não tinha pensado nisso. Ele ergueu as sobrancelhas
e fitou Hermione. - Você não recebeu essa carta via coruja,
recebeu? - ela perguntou. - Não, Snape me entregou hoje na biblioteca. Rony arregalou os olhos. - Snape? - É, ele disse que estava fazendo isso para cumprir
as ordens de Dumbledore. - Se foi realmente Dumbledore que o mandou fazer isso,
- concluía Hermione. - Por que ele mesmo não entregou
a você? A mente de Harry começou a se embaralhar. - Vocês estão querendo dizer que... - Não estou afirmando nada. - discordou Mione.
- Longe de mim, querer duvidar da lealdade de Snape a Dumbledore. Mas
tem alguma coisa nesta história muito mal explicada. Harry coçou o queixo. - Aliás... - Hermione continuou. - Não só
uma coisa mal explicada. Existem várias... - e dirigiu para Harry.
- Como por exemplo... o que você fazia na biblioteca com a companhia
de Cho Chang? Rony pareceu surpreso: - Como é que é? - ele segurou o riso. -
Que história é essa? - Harry estava na biblioteca este final de tarde junto
com a apanhadora da Corvinal... - Hermione falou. Harry corou, e tentou se explicar sem gaguejar: - Não... não é nada disso... eu...
bem, eu... er... estava... estudando! - Harry forçou um sorriso.
- Cho estava me explicando... algumas matérias que podem cair
no exame dos N.O.M's... É isso... - Meu Deus, Harry! - exclamou Mione. - O que essa garota
fez com você? - Realmente... - disse Rony, quase não agüentando
de tanto que segurava as risadas. - Primeiro, faz você se arriscar
no jogo de quadribol para salvar a vida dela. Depois, você fica
de plantão na ala hospitalar esperando ela se curar. Aí,
ela faz com que você volte a falar com a gente! Devemos agradecer
a ela, não é mesmo, Mione? - E não é só isso... - Hermione disse.
- Ainda faz com que ele estude para os exames dos N.O.M's! Harry não sabia mais aonde enfiar a cara. - Isso é conversa fiada! - exclamou Rony. - Apenas
uma desculpa para ficar do lado dela! Rony e Hermione soltaram gargalhadas. - Parem com isso! - esbravejou Harry. - Não é
nada disso que vocês estão pensando! - Harry! - Rony cruzou os braços e encostou-se
no sofá. - Somos seus amigos. Já tínhamos percebido
o seu interesse por essa tal de Cho Chang da Corvinal. E estamos aqui
para te ajudar, e não te prejudicar... - Não parece... - Harry pareceu realmente ofendido.
- Não com o que Mione fez hoje na biblioteca. - Dei apenas uma forcinha. - ela disse, rindo. - Apenas
um... empurrãozinho para adiantar o relacionamento de vocês! - Um empurrãozinho? - Harry aumentou seu tom de
voz. - Praticamente me atirou nos braços dela... - Mas que você deve ter gostado... - Rony entrou
na conversa. Harry encarou os dois amigos. Ele não podia negar
que gostou. Apenas sorriu, e Rony e Hermione entenderam esse gesto. - Seja como for, - Hermione ficou séria novamente.
- Não vamos tratar de casos amorosos. Daqui a pouco, o pessoal
vai voltar do jantar, e não tivemos tempo de discutir o que fez
Sirius mandar essa carta para você, Harry, somente agora. - Você acha que isso é armação
do Snape? - Rony perguntou, olhando para a monitora da Grifinória. - Creio que não. - Harry se adiantou. - A letra
é de Sirius. Houve um momento de silêncio entre os três.
Todos tentavam chegar a alguma conclusão. Eles podiam ouvir o
barulho do fogo aceso na lareira, que iluminava e aquecia o Salão
Comunal. - Harry... - Hermione o chama. - Por que... esteve se
isolando da gente? Harry não respondeu. - Harry?! - Mione tentou mais uma vez. - Precisava de tempo. - ele finalmente respondeu. - Queria
ficar sozinho, apenas isso... Hermione olhou para Rony. Rony sacudiu os ombros, e permaneceram
em silêncio em seguida. No meio desta inquietação,
eles então, ouvem um barulho de passos descendo as escadas. Rony e Hermione viraram a cabeça rapidamente em
direção as escadarias que conduziam até os dormitórios
dos meninos. Harry levantou-se, e cada vez mais, os passos se tornavam
mais nítidos. O coração de Harry disparou. Um gemido acompanhou os passos. Em poucos instantes, eles
se tornaram um choro. Um choro fraco e agudo. - Quem está aí? - Harry perguntou assustado. Logo que essa pergunta foi feita, Ícarus apareceu,
enxugando o rosto cheio de lágrimas com as mãos. O garoto
não tinha percebido a presença deles de imediato, mas
assim que o novo goleiro da Grifinória abriu os olhos, ele parou
de fungar e prendeu a respiração. De olhos arregalados,
ele demonstrou surpresa ao ver que ele não era o único
aluno que não estava jantando. Seu rosto estava vermelho, e Harry
percebeu uma mancha vermelha na manga esquerda da blusa. Harry franziu
a testa, e Ícarus percebeu que ele havia notado. Harry torceu
para aquilo não fosse sangue. Harry, Rony e Hermione se encararam, sem saber o que fazer.
Ícarus, caindo na realidade, subiu as escadas de volta, chorando
agora mais alto. Hermione correu atrás, tentando parar o garoto,
mas o estrondo de porta sendo fechada foi alto e claro. Harry ainda tentou correr atrás e bater na porta,
mas a única coisa que ele ouviu foi o berro de Ícarus
abafado; provavelmente, ele estava com a cara afundada em uma almofada: - ME DEIXEM SOZINHO! SAIAM DAQUI! Os três voltaram para o Salão Comunal, dando
os ombros. - O que há com ele? - Rony falou, quebrando o silêncio.
- Será que... que ele ouviu alguma coisa que dissemos? - Acho que não. - Harry respondeu, tentando ele
mesmo se convencer disso. Respirou aliviado, vendo que nenhum de seus
amigos notara a mancha de sangue. - Ele estava lá em cima, e
o ouvimos descendo somente agora pouco. - Acho que vou lá em cima conversar com ele. -
disse Hermione, decidida. - Sou monitora dessa casa, e faz parte do
meu dever resolver os problemas. - Nem pensar, Hermione! - discordou Harry, tendo uma idéia
naquele momento. Mesmo sendo filho de Comensal, ele não podia
deixar Ícarus daquele jeito. - Deixe que eu resolvo isso! - Mas Harry... - Não será você que vai ajudá-lo, e nem eu. Só existe uma pessoa que pode fazer isso. * * * Harry estava ao lado do retrato da Mulher Gorda. O corredor
estava deserto; ele consultou o relógio e viu só faltavam
cinco minutos para o jantar acabar. Olhou para cima e bufou impacientemente. Segurando a capa de invisibilidade na mão, Harry
perguntou a si mesmo se o que estava fazendo era a coisa certa. Afinal,
Íris demonstrou não ser tão má assim, já
que aconselhou Cho de procurá-lo. Harry rezava para que ele não
estivesse enganado. Era certo que ela não estava sendo manipulada por
Malfoy. E Harry viu o quanto ela se preocupa com o irmão. E era
nesse momento que Ícarus precisava realmente da irmã.
Ele não tinha certeza do que se tratava daquela
mancha vermelha na camisa; a única coisa que ele sabia era que
estava localizada bem onde Voldemort deixa sua marca nos seus seguidores.
Tinha visto isso no ano passado, quando Snape levantou a manga de sua
blusa para mostrar a marca a Fudge. Talvez eu esteja enganado, ele pensou. Se fosse verdade
e, se Íris não fosse a pessoa que ele acreditava ser,
estaria juntando dois aliados do lado das Trevas dentro de sua própria
casa. Ele até pensou em desistir, tanto que ia falar a senha
para entrar no Salão Comunal e esquecer a péssima idéia
que estava tendo. Mas já era tarde demais; Harry ouviu as vozes de
Íris e Hermione, no final do corredor: - O que é tão importante para eu estar aqui?
- Íris perguntava para Hermione. - A sala de reunião dos
monitores é no andar de baixo, e não acho necessidade
de tratarmos coisas como... Íris parou de falar assim que viu Harry. Só
então ela percebeu que estava na torre da Grifinória.
- Potter? - Íris olhou sem entender para Harry.
Depois, virou para Hemrione: - Granger, porque realmente me trouxe aqui?
Harry disse a senha para a Mulher Gorda, e logo, os três
entravam no Salão Comunal da Grifinória. Assim que Íris pousou o pé dentro do Salão,
ela parecia maravilhada. Olhava atentamente cada detalhe, cada cortina
vermelha, cada sofá, cada retrato com atenção.
Harry achou que ela se encantou com a casa da Grifinória, e ele
se lembrou quando esteve na Sonserina. Era um ambiente bem mais frio
do que aquele, e imaginou que Íris percebeu bem a diferença. - A Grifinória é bem mais confortante do
que a Sonserina... - Íris sussurrou para si mesma. Os grifinórios
sorriram com o comentário dela. - Mas... - ela se virou para
os dois. - Por que me fizeram entrar na casa de vocês? Hermione olhou para Harry, e Íris, percebendo que
só ele podia responder, olhou-o também. - O seu irmão precisa de você... - Harry
disse. A monitora da Sonserina piscou o olho. Ela respirou fundo,
tentando não mostrar a sua ansiedade. Cruzou os braços,
e esperou que Harry continuasse. - Ele está no dormitório. - Harry apontou
para a escada do lado direito. - Para ir até ali é só
subir essas escadas. Íris fitou o caminho para o dormitório dos
alunos do primeiro ano da Grifinória, mas voltou rapidamente
a encarar Harry: - O que aconteceu com meu irmão, Potter? - Nada... - mentiu Harry. - Apenas acho que ele precisa
de você... Por isso, a chamei até aqui. - Claro.. - ela riu ironicamente. - E para fazer tudo
isso, você se deu conta de que me forneceu a senha para a entrada
de sua casa e me convidou para entrar em uma área que não
é minha? Hermione permaneceu quieta. Ela tinha sido a primeira
a discordar dessa idéia maluca de Harry, mas depositou um voto
de confiança naquele plano. Rony estaria com os alunos da Grifinória
lá no Salão, tentando segurá-los o maior tempo
possível. Assim, Hermione chamaria Íris e a trazia até
a presença de Harry, que tomaria partido para dali em diante. - Quero que você converse com o seu irmão, mas para isso eu terei que ajudá-la a tomar algumas precauções... - Harry disse, estendendo a capa da invisibilidade. -
Daqui a pouco todos os alunos estarão de volta, e não
será conveniente de que você esteja à vista, não
é? - E aposto que você quer que eu use sua capa da
invisibilidade e aguarde todos os grifinórios dormirem para eu
chamar o meu irmão, não é isso? - Íris supôs.
- A sua famosa capa... - Você já ouviu falar dela? - E quem não ouviu, Potter? Saiba que o diretor
da minha casa sabe também. Era verdade. Snape sabia da existência da capa da
invisibilidade de Harry; chegou até a usá-la para entrar
no esconderijo de Lupin, no terceiro ano. Algumas vozes já podiam ser ouvidas de fora. Harry
jogou a sua capa para Íris, que a agarrou firmemente com as duas
mãos. Hermione procurava manter a entrada fechada e ganhar mais
tempo e ele explicou à monitora da Sonserina: - Fique aqui no canto. - ele a conduziu para um lugar
isolado, perto da lareira. - Ninguém costuma passar por aqui.
Espere quando todos os alunos descerem; Hermione vai bater no quarto
de Ícarus e, como monitora, ela poderá avisá-lo
para descer até aqui e esperar por alguma coisa. Assim que eu
descer e der o sinal de que está seguro, você tira a capa
da invisibilidade e estará livre para conversar com seu irmão.
Depois, você pode usar a minha capa para ir embora, sem criar
problemas por estar fora da cama de madrugada. Pode devolvê-la
amanhã, ok? Íris sacudiu a cabeça em sinal positivo
e se cobriu com a capa, sumindo e deixando somente a parede a amostra
de Harry. Isso foi bem a tempo dos alunos entrarem no Salão falado
alto, e procurando se divertir mais um pouco antes de se deitar. - Eu juro que a próxima vez que a Hermione nos
encher o saco por causa destes testes dos N.O.M's, eu falo umas poucas
e boas para ela, mesmo que eu perca pontos para a Grifinória!
- Simas dizia para Neville. Os dois entraram no salão e sentaram
no sofá mais próximo de Íris e Harry. - Ela está apenas cumprindo com a obrigação
dela... - disse Neville. Ele olhou para Harry, que estava de pé
ao seu lado, mas não disse nada. Harry forçou um sorriso,
mas era incapaz de se mexer. - Saia daqui, Harry! - Íris sussurrou para ele.
- Você está chamando a atenção! Meio contrariado, Harry forçou ainda mais o sorriso
para Simas e Neville, e cochichou, contorcendo os lábios para
o lado aonde Íris se encontrava: - Tome cuidado... Simas e Neville se entreolharam sem entender, e Harry
saiu de fininho, procurando Rony e Hermione no meio de todos os alunos. - O que deu nele? - Simas perguntou. - Sei lá... - Neville sacudiu os ombros. - Harry
está estranho desde que voltamos das férias de Natal. Harry teve que se desviar de todos os grifinórios,
aparentemente agitados demais. A maioria estava reclamando de Hermione,
e o garoto percebeu que ela deve ter inventado um monte de história
para impedi-los de entrar. Rony se encontrava ao lado de Mione, e olhava
para todos os lados. Quando avistou Harry, ele correu ao seu encontro,
junto com a monitora da Grifinória. - Espero que saiba o que está fazendo... - disse
Hermione. - Eu estou correndo o risco de perder meu cargo de monitoria
por sua causa! Francamente... Imagine quando alguém descobrir
que... Rony tapou a boca de Mione antes que alguém pudesse
ouvir o que ela estava dizendo. - Vamos esperar que a maioria dos alunos vão se
deitar. - recomendou Harry. - Assim, podemos garantir que ninguém
tropece em Íris. E aconselho também a nós três
ficarmos no mesmo canto que ela. Assim, vamos evitar qualquer desastre. Os três voltaram até o canto, perto da lareira
e formaram uma rodinha, fechando Íris. Hermione passava as recomendações
à monitora da Sonserina, fazendo com que Harry e Rony disfarçassem
e fingissem que era com eles que ela estava falando. - Você sabe, Hermione... - sussurrou Harry, olhando
para a amiga, mas querendo fazer com que Íris entendesse também.
- Você é a monitora da Grifinória. Sabe resolver
um problema, caso haja traição. Trocar a senha
é uma coisa simples para você, não é mesmo? Harry sentiu que Íris fez um brusco movimento,
parecendo desconfortável pelo comentário. Mas logo tratou
de continuar a conversar com Hermione e Rony, buscando não chamar
a atenção de ninguém. Passou-se quase uma hora quando o salão esvaziou.
Alguns alunos do segundo ano ainda estavam jogando xadrez de bruxo,
e Hermione teve que dispensá-los. Harry e Rony subiram também
para os seus dormitórios, assim ajudando que a ordem de Mione
seja cumprida. O salão já estava completamente vazio, e
Mione subiu as escadarias que levavam até o dormitório
dos alunos do primeiro ano. Harry encostou na porta do dormitório do lado de
fora, sentando-se no chão gelado. Rony certificou-se de que todos
estavam dormindo, e Harry decidiu que ficaria por ali, caso acontecesse
alguma coisa. Ele ouviu o choro tímido de Ícarus quando
ele chegou no Salão Comunal. Ouviu Hermione pedindo para que
ele esperasse ali, que ela já voltava. O som dos passos de Hermione logo vieram em seguida, subindo
as escadas do dormitório das meninas. Harry sabia que o que estava fazendo era errado. Ele devia
estar dentro do seu quarto, dormindo. Mas sua curiosidade era muito
grande e sufocante. O silêncio ensurdecedor que sucedia no andar de
baixo deixava Harry inquieto. Nervoso, ele resolveu levantar e descer
uns dois degraus e ficar sentado ali, mais perto. Foi então,
que ele ouviu a voz e Íris: - Ícarus? Harry ouviu o grito de Ícarus, tomado pela surpresa
ao ver a irmã. Sua fala foi abafada, e Harry percebeu que Íris
tapara a sua boca, pois logo em seguida ela disse, quase sussurrando: - Por favor, faça silêncio! Ninguém
pode saber que eu estou aqui... Ícarus fungou. - Ícarus, meu irmão, o que está acontecendo
com você? Por que está desse jeito, chorando? - Íris... - Ícarus dizia em meio aos prantos.
- Eles vieram me buscar... eles... - Calma! - ela interrompeu. - Quero conversar com você,
e quero saber tudo o que aconteceu. Mas não aqui. - Harry teve
a impressão de que Íris olhava diretamente para as escadas
onde ele estava. - Vamos sair daqui. Tem um lugar que podemos conversar
tranqüilamente, sem nos preocuparmos de sermos pegos! Harry ouviu os passos de Íris e Ícarus soando
cuidadosamente. Em pouco tempo, ele sabia que os dois irmãos
já não estavam mais ali.
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DeAth*§* |
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